Apesar da piora no cenário externo e da desaceleração dos preços das commodities, a maioria dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central afirmou que os riscos para a inflação ainda não se reduziram, o que justificou o novo aumento de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juro do país.
"A maioria do Comitê… considera neste momento que, em que pese a deterioração das perspectivas para o crescimento econômico mundial, os riscos para a materialização de um cenário inflacionário benigno no país não apresentaram ainda melhora suficientemente convincente", afirmaram os diretores do BC na ata da reunião de setembro do Copom, divulgada nesta quinta-feira.
No encontro, realizado na semana passada, o Comitê elevou a Selic para 13,75 por cento ao ano. A decisão não foi unânime. Três dos oito diretores do BC votaram por um aperto menor do juro, de 0,50 ponto.
Foi o quarto aumento consecutivo da Selic desde que o BC deu início ao ciclo de aperto monetário, para tentar trazer a inflação de volta ao centro da meta já em 2009.