O bom momento da economia brasileira, aliado ao maior poder de compra dos brasileiros, está tornando a construção civil um mercado de bons negócios para a população, principalmente para os integrantes da classe C. Dados revelam que a preocupação com o lar tem sido uma constante na maioria das famílias brasileiras e que o gasto com a habitação tem ficado maior a cada ano.
Se em 2007 o setor cresceu cerca de 9%, para este ano a indústria da construção deve chegar a 10%. É o que indica o estudo encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon). Outro número animador fica por conta do crescimento do setor de materiais da construção: só no primeiro trimestre deste ano o aumento foi de 8,5% (comparado ao mesmo período de 2007).
No entanto, a indústria de materiais e serviços já anda preocupada com tal demanda. De acordo com o diretor da franquia Casa do Construtor – Aluguel de Equipamentos, Altino Cristofoletti Junior, "este início de ano foi muito melhor comparado com o mesmo período do ano passado, o que não é surpresa para o setor. Houve um aumento de pessoas alugando equipamentos como betoneiras, ferramentas elétricas e andaimes para manutenção ou construção de suas obras, o que resultou num incremento de 20% do faturamento. Nossas lojas não tiveram problemas com a procura, mas já estamos reforçando os estoques de equipamentos".
Outro dado importante e que motiva essa cadeia de serviços e produtos mostra que cerca de 15% das residências brasileiras se encontram inacabadas, sem falar naquelas que precisam de uma manutenção constante. O lançamento de empreendimentos imobiliários também colabora para este crescimento.
Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis, Expedito Arena, "esses gastos com a construção civil se mostram maiores nos últimos anos. O brasileiro está com facilidade para melhorar a sua casa, comprar produtos e alugar equipamentos que farão com que a qualidade de sua habitação torne-se cada vez melhor", destaca.
Ainda de acordo com o Sinduscon, o primeiro trimestre de 2008 já registrou pequenos aumentos nos custos de principais insumos do setor, porém, o desabastecimento é algo improvável de acontecer este ano. Só para lembrar, em algumas regiões do país chegou a faltar cimento em 2007.