Impulsionadas pelos substanciais e constantes investimentos em diversos segmentos ligados à infra-estrutura do País – somente a Petrobras programa investir cerca de R$ 100 bilhões nos próximos anos -, as indústrias de automação prevêem uma expansão da ordem de 30% neste ano em volume de encomendas. Se confirmado, tal crescimento elevará o faturamento bruto do setor para R$ 3,7 bilhões ao final de 2008.
E as perspectivas para os próximos anos também são bastante otimistas, segundo análise da direção da ISA Distrito 4 América do Sul, associação que reúne os profissionais que atuam nas áreas de Automação e de instrumentação. Para o principal dirigente da entidade, Marcus Coester, que na última terça-feira, 22, fez um balanço semestral do setor para a imprensa, como os recursos investidos em infra-estrutura são de maturação prolongada, a decisão de investir hoje se reflete em encomendas efetivas para o segmento nos próximos dois ou três anos, o que assegura bom desempenho por um período razoavelmente duradouro.
Além dos investimentos nos setores de petróleo e gás, siderurgia e papel e celulose, outro sinal de que o segmento de automação pode alcançar elevados patamares de expansão é o forte aquecimento registrado na contratação de pessoal para a área nos últimos tempos. Na avaliação da direção da ISA isso também reflete uma maior maturidade experimentada nos últimos anos pelo segmento no Brasil.
A percepção das lideranças do setor de Automação é de que o Brasil ingressou definitivamente no rol dos países que estão sintonizados com o que há de mais avançado em termos tecnológicos da área. Contribui para isso, o fato de o setor ter experimentado um patamar de crescimento superior ao registrado pela indústria de Automação no mundo. Projeções de consultorias internacionais apontam uma taxa de expansão da ordem de 6,4% ao ano nos próximos cinco anos, enquanto o Brasil cresceu 11% em 2007.