Indústria de SP cresce e uso da capacidade tem recorde

A atividade da indústria de São Paulo cresceu em ritmo menor em julho, mas ainda não mostrou a acomodação que se prevê para esta segunda metade do ano. Ao mesmo tempo, o uso da capacidade instalada atingiu recorde de alta, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A entidade, no entanto, optou por minimizar eventuais pressões inflacionárias que possam ser lidas nos dados, dizendo que a inflação atual no Brasil vem mais das commodities do que da demanda interna e que as empresas têm formas de aumentar sua oferta no curto prazo, como mais turnos.

A atividade cresceu 1,4 por cento em julho ante junho, de acordo com dados ajustados sazonalmente.

Ano

De janeiro a julho, a atividade da indústria cresceu 8,9 por cento, segundo informou a Fiesp. Esse índice deve desacelerar  para algo entre 6 e 6,5 por cento no fechamento de 2008.

Entre os fatores de desaceleração estão o aumento dos juros, a alta da inflação – que reduz a demanda-, o arrefecimento econômico internacional e uma base mais forte de comparação em 2007. No ano passado, a atividade cresceu 6,3 por cento.

Na comparação entre setores, o destaque de julho foi celulose, papel e produtos de papel, com expansão de 4,3 por cento na comparação mensal, com ajuste, estimulado por bons preços nos mercados internacionais.

Seguiu-se o segmento de edição, impressão e reprodução de gravações, com alta de 5,3 por cento, apoiado pelo ano eleitoral.

As vendas reais da indústria tiveram variação positiva de 0,1 por cento em julho ante junho, sem ajuste sazonal, e alta de 11,0 por cento na comparação anual.

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