O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) voltou a acelerar pela oitava vez seguida e atingiu 0,49% na terceira quadrissemana de abril (período de 24 de março a 22 de abril, comparado aos 30 dias anteriores). Dos sete grupos pesquisados, a maior pressão foi constatada em saúde, que passou de 0,39% para 0,71%, a mais elevada taxa desde a primeira quadrissemana de agosto do ano passado (0,80%).
Um avanço nesse grupo já era previsto pelo coordenador da pesquisa da Fipe, Márcio Nakane, com base no reajuste dos preços dos medicamentos. Ele deve fazer uma análise mais detalhada do comportamento inflacionário às 10h de hoje (25). Na semana passada, Nakane havia projetado que o IPC de abril deve ficar entre 0,45% e 0,50%.
De acordo com os índices divulgados hoje (25) pela Fipe, os alimentos, que têm sido um dos principais fatores para a aceleração da inflação não só no Brasil como no resto do mundo, continuaram a subir de preço e saltaram de 0,56% para 0,67%. Outro grupo que exerceu pressão foi o de despesas pessoais, com 0,40 % ante 0,29%. Já em vestuário, houve desaceleração – 0,59% ante 0,77%.
Os demais grupos apresentaram as seguintes oscilações: habitação – 0,50% ante 0,51%; transportes – 0,22% ante 0,23%; e educação – 0,08% ante 0,09%.