O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa do País, subiu 1,37% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com a elevação de 1,17% apurada no quarto trimestre de 2007, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No primeiro trimestre de 2007, o IPC-3i teve alta de 1,57%.

A FGV informou que a inflação nos primeiros três meses deste ano sentida pelos idosos foi inferior à apresentada pelo IPC-BR, que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias, e subiu 1,43% no mesmo período.

Ainda segundo a fundação, no período acumulado dos últimos 12 meses até março, o índice da terceira idade registra alta de 4,84%, enquanto a taxa do IPC-BR apresentou elevação de 4,52%.

Em comunicado, a FGV informou que a inflação do idoso acelerou, em comparação com a apurada no quarto trimestre do ano passado, devido à movimentação de preços do grupo Habitação, cuja taxa passou de -0,13%, no quarto trimestre de 2007, para 0,84%, no primeiro trimestre de 2008. A fundação esclareceu que, nesta classe de despesa, os itens que mais contribuíram para a aceleração foram os términos de deflação e alta dos preços em tarifa de eletricidade residencial (-3,20% para 1,08%); empregados domésticos (0,64% para 1,45%) e condomínio residencial (-0,55% para 0,46%).

As acelerações de preços nos grupos Educação, Leitura e Recreação (1,16% para 3,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 1,15%) e Despesas Diversas (0,72% para 1,08%) também contribuíram para o avanço da taxa do IPC-3i, na passagem do quarto trimestre de 2007 para o primeiro trimestre de 2008.

Em contrapartida, houve quedas e desacelerações de preços nos grupos Vestuário (2,72% para -1,13%), Transportes (1,40% para 0,13%) e Alimentação (2,67% para 2,47%), no mesmo período.

O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos com 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos (de R$ 415,00 a R$ 13.695,00).