A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,53% em julho, uma desaceleração frente ao avanço de 0,77% em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 1. "Esse foi o menor resultado desde a quarta semana de março, quando o índice registrou variação de 0,45%", afirmou a FGV em comunicado.
A variação registrada no fechamento de julho também ficou abaixo da registrada na terceira prévia do mês, quando o IPC-S subiu 0,67%. A taxa ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,49% e 0,65% e se posicionou abaixo da mediana das expectativas (0,57%).
Os preços do grupo Alimentação avançaram 0,83% na última leitura do mês, a maior variação do período. Ainda assim, a alta foi menor do que a registrada na leitura anterior, quando os preços dos alimentos avançaram 1,44%.
Nesse segmento, foram registradas quedas e desacelerações de preços em Carnes Bovinas (6,00% para 3,39%), Arroz e Feijão (4,32% para 2,29%), Hortaliças e Legumes (-0,57% para -1,66%) e Adoçantes (0,27% para -0,34%).
Além do grupo Alimentação, outras três classes contribuíram para a desaceleração do índice. É o caso de Vestuário (de -0,16% para -0,54%); Transportes (de 0,22% para 0,19%); e Educação, Leitura e Recreação (de 0,37% para 0,22%).
Os outros grupos apresentaram aceleração de preços. É o caso de Habitação (de 0,42% para 0,59%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,69%); e Despesas Diversas (de 0,28% para 0,43%).
Ao analisar a movimentação de preços entre os produtos, no âmbito do IPC-S de até 31 de julho, a FGV informou que as mais significativas quedas de preço no varejo foram apuradas no setor de alimentação. Segundo a fundação, houve deflações em batata-inglesa (-6,06%); banana prata ( -7,26%); e beterraba ( -12,59%).
Já as mais significativas elevações de preços foram registradas nos preços de tarifa de eletricidade residencial ( 1,42%); tomate ( 7,24%); e tarifa de telefone residencial ( (0,69%).
O IPC-S do fechamento de julho mediu a variação dos preços entre os dias 1o e 31 de julho, comparado com a variação apurada entre os dias 1o e 30 de junho.