Inflação pelo IPCA registra menor nível em quase 1 ano

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em agosto, ficando ligeiramente abaixo do esperado, por uma variação negativa nos custos de alimentos.

O IPCA subiu 0,28% em agosto, ante 0,53% em julho, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a menor leitura desde setembro do ano passado. Analistas consultados pela Reuters esperavam alta de 0,31%, de acordo com a mediana dos prognósticos de 30 instituições financeiras, que variavam de 0,20 a 0,36%.

"O grupo Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela redução do ritmo de crescimento do IPCA", apontou o IBGE. Os alimentos tiveram queda de 0,18% em agosto, após subirem 1,05% em julho.

"A maioria dos produtos (alimentícios) mostrou redução nos preços de um mês para o outro, com destaque para tomate, batata inglesa e feijão mulatinho", acrescentou o instituto. Também ajudou na desaceleração do índice a queda dos preços de gasolina (-0,25%), ônibus interestaduais (-0,63%) e remédios (-0,41%), e uma menor alta do álcool combustível.

Por outro lado, subiram em ritmo mais forte os preços das tarifas de telefone fixo, energia elétrica e água e esgoto. Também destacaram-se os avanços de artigos de vestuário, cigarro, cabeleireiro, cursos diversos e acessórios e peças para automóveis.

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Ano

No ano, o IPCA acumula avanço de 4,48% e nos últimos 12 meses, de 6,17%. Em 12 meses, a taxa apresentou desaceleração pela primeira vez no ano (em julho, era de 6,37%). A previsão de economistas é de que o IPCA encerrará 2008 apenas ligeiramente abaixo do teto da meta perseguida pelo governo, de 6,5%.

Apesar da queda dos alimentos em agosto, no ano esses preços acumulam alta de 9,58% – bem acima da variação de igual período do ano passado, de 6,73%.

Baixa renda

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que abrange a camada de renda mais baixa da população -, ficou em 0,21% em agosto, ante 0,58% em julho, segundo divulgou há pouco o IBGE.

A desaceleração no INPC foi mais forte do que no IPCA porque os alimentos têm mais peso para a população de renda de um a seis salários mínimos. O IPCA refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos. No ano, o INPC acumula alta de 5,09% e em 12 meses, de 7,15%.

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