Inflação traz receio sobre demanda e petróleo cede

Os contratos futuros de petróleo operam em queda, depois que a inflação acima do esperado no Reino Unido em maio fez com que os investidores realizassem lucros, em meio a um mercado bastante sensível a notícias macroeconômicas. Analistas de energia disseram que pressões inflacionárias estão se tornando mais sérias para a economia global, gerando preocupações com a demanda futura por petróleo.

Às 8h44 (de Brasília), o petróleo leve (tipo WTI) caía 0,91%, a US$ 133,38 o barril, no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma de negociações ICE, em Londres, o petróleo tipo Brent tinha queda de 1,16%, a US$ 133,15 o barril.

O índice de preços ao consumidor do Reino Unido saltou para 3,3% em maio em comparação ao mesmo mês do ano passado, acima do que esperavam os economistas consultados pela Dow Jones, de alta de 3,1%. "Os dados do Reino Unido de fato derrubaram os contratos", disse Jim Rintoul, da theoiltrader.com, "mas isso parece mais uma reação imediata."

Segundo a analista Helen Henton, da Standard Chartered, em Londres, a ligação direta entre a inflação e os preços de petróleo é de que os temores de inflação elevada levem a preocupações com uma menor demanda dos consumidores. "Embora os dados britânicos normalmente não sejam um indicador antecedente, eles obviamente estão se somando aos temores globais de inflação", disse ela.

Mas operadores disseram que a tendência da demanda no curto prazo continua firmemente no lugar. Segundo eles, tecnicamente o mercado de petróleo passa por uma fase de consolidação e está vagando por uma faixa bem ampla de quase US$ 10. "Assim que quebramos essa faixa de consolidação, esperamos ver um novo teste das máximas da semana passada", afirmou Rintoul.

Alguma volatilidade é esperada ainda hoje, já que é vencimento de opções nos contratos de julho na Nymex.

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