Projeto já lançou ao solo mais de 1,2 milhão de biocápsulas sustentáveis, que transformam resíduos em árvores
A Ambipar, multinacional brasileira pioneira em soluções em gestão ambiental, presente em 40 países dos seis continentes, comemora o reconhecimento do projeto Biocápsulas Sustentáveis – Transformando Resíduos em Árvores. A partir da demanda dos setores farmacêutico e de celulose, a Ambipar trabalhou com o colágeno, que era descartado em aterros, juntou a biomassa compostada das indústrias de celulose e desenvolveu as cápsulas preenchidas com sementes de plantas nativas e remotamente lançadas por drones de fabricação própria da Ambipar, para o cultivo de árvores em áreas remotas ou de difícil acesso.
No Bioma Amazônico, por exemplo, as sementes são coletadas por cooperativas de povos tradicionais, fomentando, desta forma, a economia dos povos nativos. Para agregar ao ciclo e potencializar os resultados, as Biocápsulas recebem também o Ecosolo®, que é um condicionante de solo criado e registrado no Ministério da Agricultura (Mapa) pela Ambipar, capaz de melhorar a retenção de água na terra, de fomentar o desenvolvimento de micro-organismos e de aumentar a produtividade de plantas, como soja, milho e hortaliças, incentivando a agricultura regenerativa.
As cápsulas, além de proteger as sementes contra sol, insetos e outros, rapidamente derretem em contato com a água e formam nutrientes e organismos biológicos que ativam a semente, funcionando como um “3 em 1”, provocando uma maior probabilidade de germinação, principalmente em solos degradados, onde houve desmatamento, queimada, erosão ou outra ação degenerativa antrópica. Os testes de viabilidade foram realizados em áreas estratégicas, como matas ciliares degradadas no entorno da Serra da Cantareira, na grande São Paulo.
Ao todo, foram cerca de dois anos de testes, e hoje a Ambipar conta com equipamentos para produção da tecnologia em série, de quase 30 mil biocápsulas por turno de 8 horas, com drones autônomos, que podem carregar até 20 mil biocápsulas por voo, o que equivale a 1 hectare.
O engenheiro ambiental, especialista em Inovação e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Ambipar Group, Gabriel Estevam Domingos, trabalhou com seu time desde o começo, no fim de 2021, e faz um balanço. “Com o projeto Biocápsulas Sustentáveis, nós e nossos parceiros já lançamos ao solo mais de 1,2 milhão de sementes, com pelo menos 60% de produtividade, segundo monitoramento das mudas das árvores feito com o próprio drone, programado com coordenadas específicas, além de imagens de alta resolução e leituras de temperatura. Assim, contemplamos os três princípios da economia circular de processos, produtos e negócios: com as Biocápsulas e o Ecosolo, eliminamos resíduos desde o princípio, mantemos produtos e materiais em uso em seu mais alto valor e, claro, colaboramos com a regeneração dos sistemas naturais”, salienta o diretor.
Premiações
As Biocápsulas Sustentáveis atraem a atenção de profissionais de ESG, Inovação, Tecnologia e Agro, entre outros setores. No dia 06 de maio, em Düsseldorf, na Alemanha, Gabriel Estevam representou a Ambipar ao receber o prêmio World Stars, que reconheceu o projeto das Biocápsulas. A premiação ocorre desde 1970 e visa aumentar a conscientização sobre a importância da embalagem para uma vida melhor, além de reconhecer a inovação, o design, a sustentabilidade e a tecnologia em produtos. Foram quase 500 inscrições de mais de 40 países, o que torna a conquista ainda mais relevante.
Já em Miami, a Ambipar recebeu em 24 de abril o Green World Awards nas categorias Sustentabilidade e também na principal, batizada de Campeões de todos os Campeões, com o projeto das Biocápsulas (imagem acima). “A premiação, lançada em 1994, é uma das campanhas de reconhecimento mais prestigiadas no mundo, e essa foi a primeira vez que uma empresa brasileira saiu vitoriosa. A cada ano, seguindo o rito, o Green World Awards é realizado em uma grande cidade do país do vencedor mais recente, como foi em Londres e Dubai. Agora, a responsabilidade de sediar a premiação em 2024 é nossa, é do Brasil”, explica o head de Inovação, Gabriel Estevam.
