Cerca de 474 mil novas vagas de emprego devem ser abertas no estado do Rio de Janeiro até 2014, a partir de R$ 94,8 bilhões que serão investidos no estado para a construção de grandes empreendimentos, como o Arco Metropolitano e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A informação é da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (SECT) com base no estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que mostra que a cada R$ 200 mil de investimentos é gerada uma nova vaga de emprego.
A análise foi apresentada pelo secretário Alexandre Cardoso na última quinta-feira (5/06) em seminário no centro de convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para discutir o currículo do ensino profissionalizante e sua necessária adequação às vocações de cada região. O seminário "Vocações regionais e demandas de recursos humanos em todos os níveis", foi realizado pela SECT em conjunto com a Firjan, o Sebrae e a Fecomércio.
Para poder se antecipar à necessidade de mão-de-obra qualificada para esses empreendimentos, a SECT, a Secretaria de Trabalho e Renda e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços assinaram uma resolução conjunta que vai permitir que o Governo do Estado conheça, com cerca de um ano e meio de antecedência, a demanda por profissionais de cada região. Desta forma, as secretarias poderão concretizar projetos para qualificar trabalhadores nas áreas específicas que cada região fluminense necessita, como a construção de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), que oferecem cursos em diversas áreas, como transformação plástica, construção civil e indústria naval.
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Mapa das vagas no estado, por empreendimento:
Usina Angra 3: 24 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 4,8 bilhões.
Arco Metropolitano: 3 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 600 milhões.
REDUC: 20 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 4 bilhões.
PAC Social: 18 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 3,6 bilhões.
Usina de aço da Votorantim em Resende: 5 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 1 bilhão.
CSA – complexo siderúrgico do grupo alemão ThyssenKrupp e da Companhia Vale no distrito industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro: 35 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 7 bilhões.
Comperj: 31.500 vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 6,3 bilhões.
Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Petrobras na Baía de Guanabara: 1.500 vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 300 milhões.
Empresas privadas de petróleo e gás, da área de pesquisa, por exemplo: 80 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 16 bilhões.
Petrobras – investimentos na Bacia de Macaé: 200 mil vagas em todo o estado, geradas a partir de um investimento de R$ 40 bilhões.
Complexo do Açu – terminal de minério, siderúrgica e porto em Barra do Açu, São João da Barra: 24.500 vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 4,9 bilhões.
Gasoduto – como o Cabiúnas – Vitória, por exemplo: 20 mil vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 4 bilhões.
Obras na BR 101 Norte: 11.500 vagas, geradas a partir de um investimento de R$ 2,3 bilhões.
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Áreas onde haverá aumento na demanda por mão-de-obra:
Extração e produção (E &P) de petróleo e gás;
refino de petróleo;
gás natural;
siderurgia;
logística;
energia nuclear;
PAC Social.
Perfil da demanda de Recursos Humanos, de 2008 a 2014:
Nível superior – 9.480 profissionais;
nível Técnico – 28.440 profissionais;
mão-de-obra qualificada – 61.620 profissionais. Ex: Pedreiros;
mão-de-obra semi qualificada – 142.200 profissionais. Ex: Auxiliar de pedreiro;
serviços gerais – 218.040 profissionais. Ex.: Servente, auxiliar de limpeza;
gestão e supervisão – 14.220 profissionais



