O Banco do Japão minimizou nesta terça-feira especulações de que poderia se unir a outros bancos centrais numa ação coordenada de corte de juros para enfrentar a crise global, afirmando que qualquer alívio monetário depende das condições da economia japonesa.
O BC do Japão manteve o juro básico em 0,5 por cento, como já era esperado, e sinalizou mais cautela sobre a recuperação da economia e a turbulência dos mercados.
Mas o presidente do BC, Masaaki Shirakawa, jogou um balde de água fria nas conversas de que o Japão poderia se juntar a uma ação coordenada de corte de juros. Essa especulação cresceu depois que o banco central da Austrália fez o maior corte de juro em 16 anos.
"Coordenação política que envolva medidas inadequadas para as condições da economia e de preços de cada nação é indesejável", disse a jornalistas.
Ele acrescentou que coordenação não precisa envolver corte de juros e sim trabalho em conjunto com outros bancos centrais para dar liquidez aos mercados.
O Banco do Japão se uniu ao Federal Reserve e outros bancos centrais de países industrializados ao injetar dinheiro nos mercados abertos para estimular que os bancos voltassem a emprestar recursos uns aos outros.
Embora os bancos japoneses tenham escapado do pior da crise, colapsos nos Estados Unidos e na Europa estão abalando a confiança em mercados exportadores do Japão. Isso impulsiona uma desaceleração econômica que já flerta com sinais de uma recessão.