Medo de recessão faz empresas preferirem mercados em que já atuam

Com a inquietação provocada pela ameaça de recessão, os CEOs (a sigla em inglês para diretor executivo) de todo o mundo voltaram-se para alternativas de crescimento que não representem vôos para muito longe de posições já estabelecidas. Um terço deles considera o aumento de suas fatias nos mercados em que já atuam o principal caminho para um crescimento de curto prazo.

O desenvolvimento de novos produtos é a segunda ação mais apontada por CEOs de vários países como instrumento de expansão de seus negócios, com 20% das respostas. Os dados constam da 4ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, extraídos dos dados da 11ª Annual Global CEO Survey, fundamentados numa amostra de cerca de cem entrevistas realizadas no Brasil, sob a coordenação da PricewaterhouseCoopers.

A amostra abrange empresas de vários setores de atividade com, no mínimo, cem funcionários e faturamento superior a US$ 500 milhões. No total, participaram 1.150 CEOs de 50 países, entre setembro e novembro do ano passado.

No Brasil
No Brasil, a maioria dos CEOs (27% dos entrevistados) considera o lançamento de novos produtos como iniciativa prioritária para ampliar os negócios em um prazo de até 12 meses. A ampliação do market share é a segunda alternativa, mencionada por 22% dos líderes empresariais do País.

Tanto entre os CEOs globais como entre os brasileiros, as fusões e aquisições são a terceira opção para expansão dos negócios. No Brasil, onde foi registrado, em 2007, um novo recorde de operações de fusão e aquisição, 20% dos líderes apostam nessa estratégia para ampliar seus negócios. Em todo o mundo, esse percentual foi de 15%.

Vantagens competitivas
Quanto às vantagens competitivas, a contratação e a retenção de talentos, bem como o aprimoramento do atendimento ao cliente, foram consideradas as principais vantagens pelos CEOs brasileiros. Ambas as opções ficaram com 88% de votos. Em seguida, aparecem a habilidade das empresas para se adaptar a mudanças (86%) e a inovação tecnológica (79%).

No contexto global, entretanto, essa lógica se inverte: a capacidade de adaptação a mudanças e o aperfeiçoamento do atendimento ao cliente ocupam as primeiras posições (76% dos CEOs citaram as duas vantagens competitivas), aparecendo somente depois a contratação e a retenção de talentos, apontada por 74% dos entrevistados de todo o mundo, e a inovação tecnológica, com 65%.

Quando solicitados a escolher apenas uma entre todas as vantagens competitivas apresentadas, executivos dos 50 países apontaram a inovação tecnológica em primeiro lugar, com 22% das opiniões. Na seqüência, aparecem melhoria no atendimento aos clientes (19%), admissão e retenção de talentos (17%) e habilidade de adaptação a mudanças (14%).

Entre os CEOs brasileiros, a classificação é, praticamente, a mesma: a principal vantagem competitiva mencionada é a admissão e retenção de talentos (28%), com a inovação tecnológica e o aperfeiçoamento do atendimento ao cliente vindo em seguida, com 20% cada.

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