O momento é de investir “tempo, recursos humanos e financeiros na expansão da economia brasileira”, disse hoje (25) o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao discursar na abertura do Seminário Banco Central sobre Governança Cooperativa.
Segundo ele, o país não corre o risco de voltar a viver momentos de “arrancadas e freadas” no crescimento econômico. Meirelles afirmou que quando o Banco Central decide por uma política monetária de maior austeridade, ou seja, aumenta a taxa básica de juros, a Selic, como fez na última semana, surgem preocupações de que o país voltará àquele padrão.
“Hoje vivemos em outro Brasil. Um Brasil que está consolidando sua atividade econômica”. Ele reafirmou que o país conta atualmente com um Banco Central comprometido com as metas de inflação. “O país, portanto, pode ter tranqülidade de que o Banco Central está consolidando e mantendo as condições para o Brasil continuar crescendo de forma sustentada, sem desequilíbrios”.
Meirelles argumentou que a relação entre Produto Interno Bruto (PIB – a soma das riquezas produzidas no país) e a dívida pública total é “cadente”, as reservas internacionais “caminham” para US$ 200 bilhões, há crescimento do emprego e distribuição de renda. “No momento em que o mundo está conturbado, a economia internacional mais incerta, o Brasil está crescendo impulsionado pela demanda doméstica, pela força do crescimento do emprego, da renda e do crédito, tudo baseado na estabilidade econômica”.
Ele acrescentou que a mensagem para os empresários e para as famílias é de confiança de que estão sendo construídas as condições para o crescimento sustentável. “A oportunidade está aqui, mas o desafio também porque aqueles que não investirem vão perder oportunidade, fatia de mercado, porque o crescimento está sendo consolidado mediante uma política de responsabilidade do governo brasileiro”.
De acordo com Meirelles, com a globalização e a conseqüente expansão do mercado financeiro e das relações de comércio, as “boas práticas de governança” não devem ser específicas de um país ou governo, mas se tornou obrigatória “na esfera econômica e regulatória do mundo todo”.
O presidente do Banco Central disse ainda que as cooperativas desempenham papel fundamental em qualquer país porque disseminam o crédito e atendem a nichos específicos de mercado. “Estamos num período em que as oportunidades de crescimento estão presented”. Segundo ele, o crédito cresce porque há condições de estabilidade econômica, de previsibilidade para tomadores e investidores.