MPEs são 99% das empresas formais, mas contribuem com 2% das exportações

As micro e pequenas empresas, que representam 99% dos estabelecimentos formais, contribuem com apenas 2% do valor das exportações. Em países como os Estados Unidos, elas representam cerca de 40% e, na Itália, o percentual chega a 60%.

A avaliação, feita pela gerente de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional, Raissa Rossiter, foi apresentada na última sexta-feira (20) no Rio de Janeiro, durante a Cimar (Conferência Anual do Consórcio para Pesquisa em Marketing Internacional). O evento reuniu pesquisadores de diversos países, que analisam a internacionalização e o comportamento exportador de empresas.

"Hoje, a oferta de ajuda é concorrente e pulverizada. É preciso criar um ambiente favorável, que, além das articulações institucionais, inclua o preparo dos empresários e um atendimento para a qualificação das empresas, que pode se dar a nível individual ou em grupo", avalia Rossiter.

Apoio do Sebrae

A boa notícia é que empresas exportadoras podem contar com o apoio do Sebrae. Entre as ações da entidade na promoção da internacionalização das pequenas empresas brasileiras, estão a articulação em nível federal com órgãos como a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e entidades como a CNC (Confederação Nacional do Comércio), a troca de experiências estaduais e o diagnóstico das dificuldades e da burocracia.

Em agosto, o Sebrae lançará nova ferramenta para facilitar o processo. Um questionário on-line vai permitir que o empresário faça um diagnóstico preciso do negócio e obtenha informações para saber se o produto tem vocação para o mercado internacional e o passo-a-passo para que a empresa se prepare para a exportação "com mais segurança e base para usufruir desta nova fronteira".

Trabalhar a visão da cultura da internacionalização é vital para as empresas brasileiras, já que o mercado interno não é mais tão protegido com a nova ordem global. Para a gerente do Sebrae Nacional, o conteúdo para a qualificação das empresas será feito baseado em critérios conjuntos com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Apex-Brasil.

"O difícil é começar, mas, uma vez vencida esta etapa, as empresas com esta vocação só têm a ganhar com a ampliação de mercado e maior faturamento. Olhar o futuro e explorar as diferentes possibilidades são as bases do Programa de Internacionalização do Sebrae", destacou.

Sobre o evento

A Conferência, que acontece anualmente desde 1993, este ano foi organizada e coordenada pelo NuPin (Núcleo de Pesquisas em Internacionalização de Empresas) do Instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da Coppead/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pela IAG-PUC-Rio (Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).

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