Para o economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) Emilio Alfieri, as notícias sobre o aumento da taxa básica de juros, a Selic, poderão influenciar os consumidores na hora das compras do Dia das Mães.

"As repercussões e divulgações é que impactam, mais do que propriamente o aumento de 0,5 ponto percentual no índice", afirma Alfieri, que mesmo assim acredita em um incremento em torno de 7% nas vendas para a data, em relação ao mesmo período do ano passado.

Gastos e escolha do presente

De acordo com o economista, o gasto médio dos consumidores com o presente do Dia das Mães deve se manter igual a 2007, em termos reais. Além disso, ele prevê equilíbrio entre os pagamentos à vista e a prazo.

Em relação à escolha do presente, Alfieri diz que isso vai depender bastante do tempo. "Se o frio chegar, as roupas e calçados, da coleção de outono/inverno, que costumam ser pagos à vista, devem prevalecer", acredita.

Por outro lado, os eletrodomésticos e celulares, pagos preferencialmente a prazo, também devem vender bem. "O presente do Dia das Mães costuma ser para o lar, e não para a pessoa, como acontece em outras datas comemorativas", explica o especialista.

Endividamento vai determinar escolha

Ainda segundo o economista da ACSP, o nível de endividamento dos consumidores também vai determinar a escolha entre "presentões e lembrancinhas". Neste último caso, o destaque fica com os segmentos de CDs e DVDs e cosméticos.

"Nos últimos meses, todos os setores estão vendendo bem, desde as lojas de R$ 1,99 às concessionárias de veículos", finaliza Emilio Alfieri.