Cada vez mais brasileiros têm acesso residencial à internet, apontam dados do Ibope NetRatings divulgados nesta quarta-feira (28). No mês de abril, o número de internautas residenciais ativos atingiu a marca de 22,4 milhões de usuários, um crescimento de 41,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando havia 15,9 milhões de pessoas com acesso residencial.
De todos os usuários ativos no quarto mês deste ano, 82% navegaram na internet por banda larga, o que representa 18,3 milhões de pessoas e um crescimento de 53% na comparação com abril do ano passado, quando 11,9 milhões de brasileiros utilizaram esse tipo de conexão.
Segundo o estudo, o tempo médio de navegação residencial por internauta brasileiro foi de 22h47min, aumento de 4,9% em relação a abril do ano passado.
O Brasil continuou liderando o ranking de tempo gasto com a internet no mês passado. Os outros países que completam a lista são: França, com 20h12, Estados Unidos, com 19h33, Japão, com 19h14, e Austrália, com 18h23. Ainda de acordo com o Ibope, o número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente continua indicando 40 milhões.
Redes sociais e jovens
A média de páginas abertas por usuários brasileiros no período foi de 1.868, sendo que somente os internautas franceses conseguiram se aproximar desse número, com 1.765 aberturas.
"O elevado consumo de páginas de internet no Brasil está diretamente relacionado à alta afinidade dos brasileiros com as redes sociais, que são os sites com maior média de páginas vistas por usuários", explica o analista de mídia do Ibope//NetRatings, José Calazans.
Segundo ele, o aumento no número de páginas vistas coincide com os períodos de maior crescimento da audiência desses sites de relacionamento, principalmente entre os mais jovens. Somente em abril, o número de páginas abertas por adolescentes foi de 2.561.
Mas Calazans destaca que, atualmente, o maior crescimento no consumo de páginas acontece entre as crianças com até 11 anos de idade e entre os adultos com idade de 25 a 49 anos. "O crescimento do uso de redes sociais pelos adultos, que já são os maiores usuários de sites de bancos e de comércio eletrônico, indica que as empresas em geral também podem aproveitar o potencial das comunidades on-line para melhorar sua relação com esse público, que em geral tem mais renda e apresenta maior probabilidade de conversão em consumidores", conclui.



