A empresa aérea OceanAir vai deixar de voar para pelo menos 12 cidades brasileiras a partir do próximo dia 27 e irá demitir cerca de 600 funcionários, que já estão sendo comunicados. As informações foram confirmadas esta tarde (13) pela assessoria da companhia, que se apressou a explicar que a empresa não enfrenta uma crise financeira.
Em nota, a OceanAir aponta a alta do preço dos combustíveis e a necessidade de maior eficiência operacional como fatores determinantes para que decidisse cancelar suas operações em cidades onde o pequeno número de usuários não cobriria os custos de operação.
A “otimização da malha aérea”, diz a nota, visa a redução dos custos operacionais, a adequação do número de funcionários e o melhor aproveitamento da frota, que será reduzida de 16 para 10 aviões, todos modelos Fokker Mk-28, com 100 assentos. À Agência Brasil, a assessoria garantiu que a empresa não planeja reajustar os preços de suas passagens aéreas.
A OceanAir informou que continuará atuando em apenas 25 dos 37 destinos nacionais onde estava presente, mas segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa teria comunicado na semana passada que a redução de vôos atingiria, ao todo, 16 cidades: Araçatuba (SP); Cascavel (PR); Campos dos Goytacazes (RJ); Foz do Iguaçu (PR); Goiânia (GO); Juiz de Fora (BH); João Pessoa (PB); Juazeiro do Norte (CE); Macaé (RJ); Maceió (AL); Natal (RN); Palmas (TO); Vitória da Conquista (BA); São José dos Campos (SP); Uberaba (MG); Vitória (ES), além do Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte (MG), cidade em que permanecerá operando no Aeroporto de Confins.
A Anac diz que como os aeroportos em questão não operam com restrições de tráfego, poderá conceder os slots (espaços e horários de vôos) da OceanAir a outras empresas interessadas. Segundo a agência, de 127 vôos a OceanAir manifestou intenção de manter apenas 51.
Em 15 de abril, a empresa já havia cancelado seus vôos para a Cidade do México, além de transferir parte de sua frota de Boeings 757 e 767 para outra empresa do mesmo grupo, a Sinergy, além de ter feito uma primeira adequação de seus vôos para adequá-los aos câmbios, tarifas e custos.
A Anac também explicou que ao cancelar uma rota, a companhia aérea tem obrigação de reembolsar integralmente o passageiro que já tenha adquirido bilhete, ou endossar o bilhete para que o passageiro possa voar por outra empresa que faça o mesmo percurso. A agência garante que vai acompanhar o cumprimento dessas obrigações por parte da OceanAir.
O passageiro que se sentir prejudicado deverá primeiramente procurar a empresa para ter seus direitos atendidos. Caso tenha alguma dificuldade, pode procurar a Assessoria de Relações com Usuários da Anac (www.anac.gov.br/faleconosco) pelos telefones (61) 3366-9303 e 3366-9307, ou ainda os escritórios da Anac nos principais aeroportos do país.