A agricultura orgânica deixou de ser uma atividade dos países desenvolvidos, atingindo 120 nações em todo o mundo, em um total de 31 milhões de hectares. Em 2006, o mercado movimentou US$ 40 bilhões.
Até 2012, essa cifra será de US$ 70 bilhões, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).
No Brasil, dados da Fipe (Federação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelam que os produtores nacionais de orgânicos faturam US$ 250 milhões ao ano.
Mas a meta é que, até 2010, o País conquiste cerca de 10% do mercado mundial de orgânicos, ou seja, o equivalente a um valor entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. Estamos falando de 15 mil produtores, a maioria atuante em pequenas áreas, por meio da agricultura familiar.
Agricultura familiar
Dados da SAF (Secretaria de Agricultura Familiar) do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) apontam que 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são provenientes da agricultura familiar, um mercado que cresce 30% ao ano.
Pensando nisso, o Sebrae vem buscando parcerias para apoiar a agricultura familiar orgânica, seja com apoio técnico e gerencial, seja no apoio ao acesso a novos mercados.
A carteira de orgânicos no Sebrae tem 15 projetos em todo o País, todos inseridos na metodologia da Geor (Gestão Estratégica Orientada para Resultados), cujo objetivo é alcançar metas específicas ao término de cada projeto.
Para a coordenadora nacional da carteira de projetos de Agricultura Orgânica do Sebrae, Maria Maurício, a produção orgânica é também um nicho para ampliar a participação das micro e pequenas empresas nas compras governamentais, como está estabelecido na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.