Perdas no varejo brasileiro chegam a 1,99%

A 8ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada pelo Provar (Programa de Administração de Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni & Associados, registrou perdas média de 1,99%, em 2007. A apuração demonstra uma alta de 0,13 pontos percentuais em relação a 2006.

O indicador baseia-se nas informações de 47 empresas que participaram da pesquisa, representando cerca de 220 mil colaboradores e duas mil lojas, com faturamento de R$ 49,6 bilhões. A pesquisa analisou dados sobre perdas, causas e investimentos em prevenção de perdas.

Os principais fatores apontados pelos varejistas atuantes nos segmentos de vestuário, eletroeletrônicos, farmácias/drogarias, homecenter/material de construção e supermercado para a variação de perdas totais são falta de incentivo aos funcionários e de processos de medição de perdas. A maioria das empresas da amostra é oriunda do segmento supermercadista.

“Na prática, os setores com maior complexidade de gestão de estoque são mais estruturados na área de prevenção de perdas, já que a maioria conta com interferências como perecibilidade, mix diverso, processos de transformação e montagem nas lojas”, explica Claudio Felisoni de Angelo, coordenador geral do Provar.

A pesquisa indica que, em média, as empresas investem em Prevenção de Perdas 0,4% do faturamento líquido. No entanto, ainda 19,1% das empresas consultadas informaram que ainda não possuem uma área específica para Prevenção de Perdas.

O estudo também revela que vestuário e eletroeletrônicos são os que mais conseguem identificar a origem das perdas, 43,0% e 26,9%, respectivamente, enquanto que 52% das perdas não são identificadas pelos supermercados.

Quanto às causas, a avaliação aponta que as ocorrências relacionadas às ações internas, como furto interno, erros administrativos e quebra operacional, respondem a 75% das perdas, enquanto que aquelas associadas a furto externo e fornecedores representam 25%.

Dentro desse contexto, os segmentos de supermercados e homecenter/material de construção se destacam com um alto percentual na quebra operacional, registrando 43,2% e 32,91%, respectivamente. Em eletroeletrônicos, as causas mais recorrentes aparecem nos erros administrativos, 25,8%, e furtos externos, 31,36%. Já as perdas dos setores drogaria, 32,12%, e vestuário, 35,35%, estão mais presentes nas ações de furtos externos.

Facebook
Twitter
LinkedIn