O reajuste de 10% da gasolina e de 15% do diesel nas refinarias foi elogiado por analistas que cobrem as ações da Petrobras (PETR4). Agora, a incerteza é referente ao câmbio com a promoção do Brasil ao grau de investimento.
Com a notícia do reajuste, o Citigroup elevou a projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2008 em 6%. Para os dois próximos anos, no entanto, a estimativa é de declínio em razão do Real forte.
O preço-alvo de R$ 57,50 para o final do ano às ações ON (PETR3) foi mantido, e corresponde a um potencial de ganhos de 11%. A recomendação é de compra.
"Continuamos a esperar notícias positivas referentes a Produção & Exploração para ofuscar pontos negativos como a intervenção do governo brasileiro na política de preços de combustíveis e nas decisões de investimentos", conclui o banco.
Reajuste
"Segundo nossas projeções, atualmente, a defasagem da gasolina e do diesel está em torno de 17% a 20%. Deste modo, fica claro que a Petrobras está, a partir deste momento, alinhada com o mercado internacional", destaca o Banif.
O encarecimento dos produtos não preocupa os especialistas no que concerne ao efeito sobre a demanda. "Não esperamos impacto significativo no volume de diesel vendido em razão da ausência de substitutos deste combustível", lembra o Unibanco.
Para a gasolina, por exemplo, existe a alternativa do etanol. Entretanto, como os preços desta devem permanecer inalterados na bomba, não é esperado nenhum impacto negativo do consumo, acrescenta a equipe do banco.