Os contratos futuros do petróleo operam em alta de cerca de 4% hoje, tanto em Londres quanto em Nova York, diante da divulgação dos esforços europeus e americanos para recuperar o sistema bancário, o que aumentou a confiança dos investidores. No entanto, as pressões de uma potencial queda na demanda da matéria-prima (commodity) persistem, por conta de receios sobre as condições da economia mundial, segundo analistas.
Por volta das 11h30 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em novembro subia 3,93%, para US$ 80,75 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Em Londres, o contrato do petróleo tipo Brent com mesmo vencimento avançava 4%, para US$ 77,05 o barril.
Hoje mais cedo, o Goldman Sachs diminuiu a estimativa dos preços da commodity no quarto trimestre deste ano em aproximadamente 32%, para US$ 75 o barril, ante US$ 110 o barril anteriormente, citando uma crise financeira mundial sem precedentes.
"Nós claramente subestimamos a profundeza e a duração da crise financeira mundial e de suas implicações sobre o crescimento econômico e a demanda por commodities", afirmou o banco. "A continuidade desta situação, no entanto, continua bastante incerta, pois os problemas com o crédito criaram distorções significativas na demanda e na produção, no gerenciamento dos estoques e nos preços ao longo de toda a cadeia de fornecimento".
Durante o fim de semana, os líderes dos 15 países europeus da zona do euro elaboraram um plano de ação para dar garantias aos empréstimos entre os bancos até 2009 e permitir que os governos comprem ações de companhias financeiras que estejam com problemas. Paralelamente, a Alemanha divulgou um plano individual de recapitalização. Fora da zona do euro, a Austrália deu garantias para o financiamento no atacado dos bancos e o Reino Unido anunciou que injetaria até US$ 63 bilhões em três bancos.
O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou que está trabalhando em um plano para injetar dinheiro diretamente nos bancos, e hoje mais cedo, o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BoE) e o banco central da Suíça anunciaram que realizariam empréstimos ilimitados de dólares aos bancos. As informações são da Dow Jones.