Petróleo volta a subir, com compras técnicas

 Em dia de divulgação do número de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos (payroll) em maio, quem volta a roubar a cena é o petróleo. Nos últimos dias, a matéria-prima (commodity) andava adormecida abaixo dos US$ 125,00 o barril, até que o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, veio despertar a fera, ao provocar a desvalorização do dólar ante as principais moedas estrangeiras.

Hoje, os contratos futuros do petróleo dão seqüência aos ganhos de ontem, quando a matéria-prima fechou com valorização de mais de 4% em Nova York e retomou o nível de US$ 127,00 o barril, na esteira da desvalorização do dólar ante o euro.

O movimento desta manhã é atribuído a compras técnicas e coberturas de posições vendidas. Nesta manhã, o petróleo tipo WTI já superou o nível de US$ 130,00 o barril, chegando a US$ 130,58 o barril no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), mas abaixo da máxima recorde de US$ 135,09 o barril obtida durante a sessão do dia 22 de maio. Em Londres, o petróleo tipo Brent foi até US$ 130,50 o barril na plataforma ICE nesta manhã, alguns dólares abaixo do recorde da sessão do dia 21 de maio, em US$ 133,17 o barril.

Por volta das 8h05 (de Brasília), o contrato futuro de julho do petróleo tipo WTI valia US$ 129,60 o barril, alta de 1,42%; o contrato com mesmo vencimento do petróleo tipo Brent subia 1,20% para US$ 129,06 o barril, no mesmo horário.

A abertura positiva do petróleo confirma que a tendência de alta de longo prazo está intacta, com compras técnicas chegando ao mercado após ordens de suspensão de compras para evitar perdas (stop-loss) terem sido acionadas, disse o analista da Sucden Research, Andrey Kryuchenkov. Segundo ele, muitos investidores usaram a mais recente onda de venda do dólar como desculpa para voltar ao mercado, depois do movimento recente de realização de lucros. "O mercado permanece bem sustentado pela limitação da oferta no longo prazo, ao mesmo tempo em que as preocupações recentes com o fato de a demanda estar se estabilizando no curto prazo foram ofuscadas pelo persistente temor inflacionário e pela recuperação do euro", acrescentou Kryuchenkov.

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