O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio encerrou o ano de 2011 em alta de 5,73 por cento, informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta quarta-feira.
O resultado é superior ao indicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), que apontou alta de 3,9 por cento em 2011.
O crescimento apontado pela pesquisa da CNA feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no entanto, é inferior ao registrado em 2010, quando o PIB do setor subiu 7,3 por cento.
"O crescimento da produção agrícola e a alta dos preços em 2011 ajudaram a estimular o PIB", explicou a CNA em nota.
A safra de grãos e fibras atingiu recorde de 162,8 milhões de toneladas no ano, favorecendo o resultado positivo do setor do agronegócio.
Já a agroindústria registrou um leve aumento de 0,66 por cento no ano, afetada por setores como o de açúcar, que registrou resultado negativo –a safra de cana no Brasil teve a primeira queda em mais de uma década.
Segundo a CNA, o PIB do setor agropecuário em separado cresceu 10,83 por cento no ano. A alta dos insumos, no entanto, reduziu a margem de lucro dos produtores rurais, de acordo com a CNA.
Nos últimos dois meses do ano passado, houve queda do PIB em relação à novembro e dezembro de 2010, por conta da crise externa.
"A crise na Europa e as incertezas em relação à economia americana criaram um ambiente de insegurança, reduzindo o ritmo geral da economia", avaliou a presidente da CNA, Kátia Abreu.
COMMODITIES
Entre as safras, o algodão foi o que teve o melhor desempenho, com alta de 106,64 por cento no faturamento em relação à 2010, devido à forte demanda externa.
Café e o milho também obtiveram um crescimento significativo em 2011, ambos em torno de 34 por cento. Já o PIB da pecuária cresceu 8,85 por cento, reflexo do aumento dos preços de todos os produtos, com exceção da carne suína.