O resultado do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) de 22 de outubro mostra que, das sete capitais pesquisadas para o cálculo, em cinco houve aumento de preços.
Apenas em Porto Alegre (-0,17%) e Salvador (-0,01%) os preços se mantêm em queda, embora em ritmo menos acelerado em relação à semana anterior (-0,20% e -0,07%, respectivamente).
A maior variação do índice foi registrada em Brasília, onde a taxa passou de -0,21% para 0,19%. A única capital em que o índice diminuiu foi Belo Horizonte, que passou de 0,34% na semana anterior para 0,24% na atual.
No Rio de Janeiro a taxa de variação do IPC-S saltou de 0,32% para 0,41% e em São Paulo houve estabilidade. A capital paulista repetiu o resultado apresentado na semana anterior, de 0,49%. Veja na tabela abaixo as variações do IPC-S das capitais na medição de 15 e 22 de outubro.
Capital paulista
Apesar da estabilidade apresentada por São Paulo nesta apuração do IPC-S, cinco classes de despesa registraram acréscimo nas taxas de variação. A principal contribuição, como já acontece há algumas semanas, veio do grupo dos alimentos, que variou de 0,58% para 0,64%.
Contribuíram ainda no sentido ascendente os grupos vestuário (0,15% para 0,30%), Saúde e cuidados pessoais (0,07% para 0,12%), educação, leitura e recreação (0,02% para 0,10%) e transportes (0,19% para 0,26%).
As principais pressões para que os preços dos alimentos aumentassem vieram das carnes bovinas, as quais passaram de 0,49% para 2,14%. Segundo o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), André Braz, esse aumento já era esperado, porque a baixa disponibilidade de gado para corte nesta época do ano eleva os preços.
Rio de Janeiro
Apenas três das sete classes de despesa na capital fluminense registraram aumento da variação, os quais foram suficientes para elevar o índice total. A principal pressão veio, à semelhança de São Paulo, do grupo dos alimentos, cujo índice deu um salto, passando de 0,22% para 0,71%. Feijão preto (4,52% para 7,79%) e carne moída (6,06% para 6,04%) pressionaram o aumento dos preços.
Habitação (0,14% para 0,23%) e saúde e cuidados pessoais (0,67% para 0,69%) foram as outras classes com aumento da variação. Destacam-se os aumentos de preços para o condomínio residencial e os materiais de reparo em residência.