O relatório semanal Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, manteve em 4,44% a projeção para a inflação medida pelo IPCA em 2008, na comparação à previsão do relatório da semana passada. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esperado para esse ano permanece abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. Para 2009, a projeção do IPCA permaneceu em 4,30% (a meta de inflação de 2009 perseguida pelo BC também é de 4,50%).
A pesquisa Focus reúne as projeções de cerca de 100 instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. A previsão para a taxa de câmbio, no final deste ano, ficou em R$ 1,75 por dólar, igual à da semana anterior. Para o final de 2009, a projeção de câmbio caiu de R$ 1,85 para R$ 1,82 por dólar
Juros
Para a taxa básica de juros, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa dos atuais 11,25% ao ano até o final deste ano. Para o fim do ano que vem, o mercado projeta a Selic em 10,50% ao ano, sem alterações em relação às previsões da semana passada.
PIB
Nos números referentes ao crescimento da economia brasileira, o mercado financeiro manteve a projeção de 4,5% para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. Para o ano que vem, a previsão de crescimento do PIB é de 4%. Em relação à produção industrial, o mercado elevou a previsão de expansão de 5,06% para 5,14% este ano. A previsão para a produção industrial em 2009 é de aumento de 4,5%.
Contas externas
Quanto à balança comercial brasileira, a previsão dos economistas dos bancos é de um superávit de US$ 28,77 bilhões em 2008, uma ligeira queda em comparação ao saldo de US$ 29 bilhões projetado na semana passada. A previsão do superávit comercial de 2009 foi mantida em US$ 23 bilhões.
Para a conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior), a pesquisa de mercado Focus mostrou aumento da projeção de déficit este ano, de US$ 9 bilhões para US$ 9,75 bilhões. A previsão para o saldo da conta corrente em 2009 é de um déficit ainda maior, de US$ 13 bilhões (a projeção da semana passada estava em US$ 12,08 bilhões).
A previsão para o ingresso de investimento estrangeiro direto (IED) em 2008 passou de US$ 29 bilhões para US$ 30 bilhões. Para 2009, a projeção do ingresso de recursos externos no País, de investimento direto (produtivo), permaneceu em US$ 25 bilhões.