As operações de crédito para pessoas físicas continuam em expansão, no entanto, a procura é cada vez menos intensa, aponta o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Em janeiro, as consultas para compras a prazo ou financiamentos em bancos e financeiras aumentaram 12,9% ante a igual período do ano passado. Na comparação entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010, houve aumento de 14%.
Em dezembro, o índice havia sido 19,7% maior do que em igual mês de 2009. Já na comparação do primeiro mês deste ano com dezembro, a taxa ficou negativa (- 6,7%). Por meio de nota, a empresa responsável pelo levantamento – Serasa Experian – observou que esse recuo está relacionado a fatores sazonais do período.
As taxas foram inferiores a dezembro em todas as faixas de renda, principalmente, entre as pessoas com ganhos mensais acima de R$ 10 mil. Nesta classe de consumidores, houve uma retração de 13%. Quem recebe menos, na faixa de até R$ 500, diminuiu a procura em 8,5%. Porém, ante janeiro de 2010, foi o grupo de consumo que mais movimentou o mercado com uma alta de 58,2%.
O gerente de indicador de mercado da Serasa, Luiz Rabi, ratificou as previsões segundo as quais a tomada de crédito permanecerá em alta, mas com crescimento mais modesto. “A tendência para 2011 é de que o crédito vai crescer, mas a um ritmo mais lento”.
Ele observou que o “dinheiro está mais caro” depois das medidas tomadas pelas autoridades monetárias como o aumento do depósito compulsório, quantia que os bancos têm, obrigatoriamente, de depositar no Banco Central, provocando o enxugamento da liquidez e o aperto na taxa dos juros.