De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Akatu, 37% dos brasileiros admitem a possibilidade de pagar mais por um produto ou serviço de uma empresa que realize projetos em favor do meio ambiente. Nos Estados Unidos, esse número gira em torno de 50%.
Segundo pesquisa realizada pela GFK em parceria com a Universidade de Yale, mesmo com o momento incerto pelo qual passa a economia norte-americana, metade dos entrevistados estaria disposta a pagar 15% a mais por um amaciante de roupas ecologicamente correto ou por um automóvel nestes moldes.
A pesquisa também apurou que 40% dos moradores do país desembolsariam 15% a mais por papel de impressão ecologicamente correto e 39% pagaria o mesmo percentual de acréscimo por móveis feitos de madeira extraída de forma sustentável.
Os norte-americanos informaram, ainda, que acham importante ou essencial que os rótulos dos produtos tragam informações sobre os impactos que o mesmo tem sobre o meio-ambiente (73%) e mais de 50% consideram os selos ambientais confiáveis.
Brasil
De acordo com a diretora regional do ICLEI (Governos Locais para a Sustentabilidade), Laura Valente de Macedo, o preço ainda é um dos entraves para que os produtos sustentáveis cheguem às prateleiras brasileiras, pois o valor é, normalmente, muito maior do que o dos produtos não-sustentáveis.
Além disso, o consumidor brasileiro tem dificuldades em identificar um produto sustentável. De acordo com o gerente do Ética Comércio Solidário, Edson Marinho, no País não há certificação para produtos sustentáveis, enquanto na Europa, por exemplo, existem 19 selos com esta finalidade.
"O consumidor não tem garantia de que algumas normas foram seguidas para que aquele produto fosse considerado sustentável", explica Marinho.