A projeção de analistas de mercado para a inflação oficial em 2008, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou a 6,48%, apenas 0,02 ponto percentual abaixo do limite da meta para o ano que é de 6,5%. Essa é a 16ª elevação consecutiva da estimativa que consta do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com base em pesquisa feita com analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia.
O centro da meta de inflação para este ano é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Para 2009, que tem a mesma meta, a estimativa dos analistas passou de 4,91% para 5%.
O IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi escolhido pelo governo como índice das metas de inflação. O cálculo desse indicador considera os gastos de famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos. O regime de metas é adotado no Brasil desde 1999, quando o país adotou o câmbio flutuante e acabou com a taxa de câmbio fixa.
Em São Paulo, a expectativa dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), subiu de 6,33% para 6,51%, em 2008. Para o próximo ano, a estimativa se manteve 4,50%.
No mercado atacadista, os analistas estimaram o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 11,66%, ante os 11,41% da semana passada. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa passou de 11,25% para 11,92%, neste ano.
Para 2009, a projeção passou de 5,24% para 5,50%, no caso do IGP-M, e de 5,30% para 5,25 %, para o IGP-DI. A estimativa para preços administrados foi mantida em 3,80%, em 2008, e em 5%, em 2009.