Pelo terceiro pregão consecutivo, o índice Nikkei encerrou esta quinta-feira (21) com variação negativa, afetado pelo setor financeiro.
Do outro lado do mar do Japão, a bolsa de Hong Kong fechou em queda, enquanto a bolsa da China caiu, afetada pelas más performances de bancos e construtoras.
Bancos preocupam em Tóquio
O jornal norte-americano Financial Times noticiou que o banco de investimentos Lehman Brothers teria proposto a investidores chineses e sul-coreanos a aquisição de 50% de suas ações, mas não teria obtido êxito pelo alto preço solicitado pelos papéis.
Nesta conjuntura, os ativos da corretora de títulos Daiwa Securities declinaram 2,4%, enquanto que os dos bancos Mitsubishi UFJ Financial e Sumitomo Mitsui caíram 0,9% e 2,1%, respectivamente.
O pessimismo dilatou-se para o Sumitomo Mitsui após o analista Brett Hemsley do HSBC rebaixar a recomendação de suas ações para underweight (abaixo do nível de mercado), citando que a inadimplência crescente afetará os rendimentos.
Xangai declina
Perante a especulação de que o governo chinês não tomará medidas para estabilizar o mercado, os papéis da instituição financeira Bank of Communications declinaram 4,8%, enquanto os do Industrial & Commercial Bank of China desvalorizaram-se em 2,9%.
Por fim, pelo efeito dominó, as ações das construtoras China Vanke e Poly Real Estate Group despencaram 5,2% e 5%, respectivamente. Este cenário negativo do setor financeiro propaga-se para a construção civil, pela necessidade de financiamentos deste setor para adquirir e vender propriedades.
Confira as cotações
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em baixa de 0,77%, chegando a 12.752 pontos e, com isso, o acumulado no ano aponta para forte queda de 16,69%.
Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou desvalorização de 2,58%, enquanto o índice Shangai Composite, da Bolsa de Xangai, caiu 3,63%.