Siemens quer vender ou fechar fábrica de Curitiba para reduzir empregos

O grupo tecnológico alemão Siemens tenta vender ou até fechar sua fábrica em Curitiba, com 470 funcionários, como parte do plano de redução de 3.800 empregos e transferência de outros 3 mil em todo o mundo em sua divisão de telecomunicações Siemens Enterprise Communications (SEN).

A empresa anunciou hoje em comunicado de imprensa que pretende reduzir 2 mil postos de trabalho na Alemanha, na central e em outras funções administrativas e de apoio de sua filial de telecomunicações.

O diretor de Emprego e Recursos Humanos da Siemens, Siegfried Russwurm, dará mais detalhes sobre o corte de empregos em entrevista coletiva às 7h30 de Brasília em Munique (sul da Alemanha).

Ao mesmo tempo, a Siemens quer transferir a empresas externas outros 3 mil empregos – dos quais 1.200 estão na Alemanha – e ainda tenta vender ou encontrar sócios para sua fábrica em Tessalônica (Grécia), com 270 empregados, ou mesmo fechá-la, a exemplo da unidade de Curitiba.

A companhia também quer vender os call centers na Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru, nos quais trabalham 1.100 pessoas e que não fazem parte das atividades principais da SEN.

Russwurm disse no comunicado que "a empresa quer iniciar imediatamente as negociações com os representantes dos trabalhadores na Alemanha e espera concluir as conversas o mais rápido possível para proporcionar aos empregados a maior segurança sobre seu futuro".

As medidas de pessoal fazem parte de um conjunto de atividades com as quais a Siemens quer transformar sua divisão de telecomunicações em um produtor de software e soluções.

Agora a companhia alemã deseja se expandir em mercados em crescimento como Rússia e China.

A Siemens abandonará a produção própria em sua unidade de telecomunicações SEN e para isso venderá ou encontrará um sócio para sua fábrica alemã de Leipzig (leste do país), que atualmente tem 530 empregados, e na divisão de cabos de telecomunicações, 60 trabalhadores.

Ao mesmo tempo, o grupo alemão tenta transferir a uma companhia externa do setor de tecnologia da informação (TI) 570 empregados de vendas diretas a clientes de sistemas pequenos e médios.

A empresa acrescentou que "esta mudança permitirá ao canal de vendas oferecer no futuro uma gama de produtos mais ampla de modo que os clientes tenham todas as soluções de uma única fonte".

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