A economia do setor público (União, estados, municípios e empresas estatais) para honrar os compromissos financeiros do país e auxiliar o Banco Central na execução da política monetária chegou a R$ 15,403 bilhões, em março deste ano. O resultado, divulgado hoje (30) pelo Banco Central, é o chamado superávit primário (receitas menos despesas, excluídos pagamentos de juros).
O superávit primário de março foi bem maior do que registrado no mesmo período do ano passado (R$ 7,138 bilhões) e maior do que o apurado em fevereiro deste ano (R$ 8,966 bilhões).
No mês, o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) foi o que mais contribuiu para o resultado, com R$ 11,039 bilhões. As empresas empresas estatais economizaram R$ 1,573 bilhão. Os governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,791 bilhões.
No primeiro trimestre do ano, União, estados, municípios e estatais fizeram um superávit primário de R$ 43,032 bilhões, ou 6,39% do PIB, percentual maior do que a meta do governo para 2008 de 3,8%. Nos doze meses fechados em março, a economia para o pagamento de juros chegou a R$ 117,364 bilhões, ou 4,46% do PIB.
Em março, o pagamento de juros chegou a R$ 39,988 bilhões. No mesmo trimestre do ano passado o pagamento de juros foi de R$ 38,851 bilhões. No mês de março, os juros pagos pelo setor público consolidado chegaram a R$ 11,413 bilhões, contra R$ 15,444 bilhões registrado do mês anterior.
Com isso, o superávit nominal, ou seja, receitas menos despesas, incluídos gastos com juros, ficou em R$ 3,990 bilhões, em março. Isso significa que as receitas foram maiores do que as despesas. No acumulado no ano também foi registrado superávit nominal no valor de R$ 3,043 bilhões.