Suspeitas de fraudes influenciam valor das apólices de seguros

De acordo com o diretor de proteção ao seguro da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), Sérgio Duque Estrada, os valores das apólices de seguros são influenciados pelos indicadores de fraude no setor. "Na medida que o preço de uma apólice de seguro é definido pelo aumento ou pela diminuição da taxa de sinistralidade (recursos utilizados para o pagamento de indenizações) e o índice de fraude e suspeita de fraude impactam diretamente na sinistralidade, por conseqüência, os valores das apólices também serão influenciados".

Segundo dados do 5º Ciclo do SQF – Sistema de Quantificação da Fraude, divulgados pela Fenaseg na última quarta-feira (20), o montante de sinistros suspeitos de fraude, em 2007, atingiu R$ 1,55 bilhão, o equivalente a 9,9% do valor total dos sinistros reclamados. Em 2006, o mesmo índice foi de 7,6%, para um valor total de R$ 15 bilhões de sinistros reclamados.

As fraudes comprovadas representaram 16% do valor total dos sinistros investigados, alcançando 1,4% dos sinistros reclamados durante todo o ano passado, sendo que R$ 220 milhões em indenizações foram negadas.

Segmentos
Entre os setores, as carteiras de Automóvel, Transportes e Vida foram as que mais puxaram para cima o índice geral de sinistros recusados por fraudes. No caso de Auto, a suspeita de fraude passou de 9,7%, em 2006, para 11,9% em 2007.

Em Transportes, o índice atingiu 36,7% no ano passado, contra 14,7% um ano antes. Já no ramo de Vida, o percentual variou de 8,1% para 8,2% de um ano para outro.

Para a Fenaseg, a quantificação da fraude é uma importante iniciativa do mercado de seguros do Brasil, que traz um diagnóstico efetivo da fraude contra o seguro no País e, ao mesmo tempo, orienta a proposição de ações para prevenir e reduzir tal incidência nas operações do setor.

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