O avanço e a difusão da tecnologia vêm permitindo a utilização de energia elétrica de forma consciente, minimizando os impactos ao meio ambiente. Entretanto, apesar de útil, as crescentes soluções eletrônicas para economizar energia ainda estão distantes do consumidor, por causa do preço. Equipamentos com função aparentemente simples podem significar gastos de até R$ 12 mil.
Controle de intensidade
A empresa americana Control4 trouxe para o Brasil em 2007 a tecnologia para transformar simples residências em "casas inteligentes", nas quais o consumo de energia elétrica é controlado por meio da programação de equipamentos e lâmpadas.
Um dos sistemas oferecidos é o de controle da intensidade das lâmpadas, processo conhecido como dimerização. A Control4 fornece equipamentos que são instalados junto às lâmpadas e que, por meio de programação, podem reduzir a intensidade de seu brilho durante o dia, quando a iluminação natural é suficiente.
Como funciona
Ao cair da tarde, o equipamento aumenta o brilho da lâmpada (apenas para as incandescentes) proporcionalmente à quantidade de luminosidade natural. A programação é feita com base na localização geográfica da residência em que o equipamento está instalado.
O aparelho que coordena o funcionamento do sistema de dimerização funciona como um cérebro, que reconhece latitude e longitude da casa e associa essas informações à quantidade de luz solar disponível para esta região, em todos os horários do dia, qualquer que seja a época do ano.
A dimerização das luzes em 25% – uma redução de luminosidade praticamente imperceptível ao olho humano – gera até 20% de economia no consumo de energia e aumenta em quatro vezes a vida útil das lâmpadas. E para instalar um controlador e dimerizar três lâmpadas, os gastos podem variar de R$ 8 mil a R$ 12 mil, incluídos os custos com o projeto e a mão-de-obra.
Em modo de espera
A tecnologia para redução de consumo funciona, mas ainda é cara. Entretanto, a economia na conta de luz pode ser conseguida por meio de táticas bem mais simples, sem custo, e que podem ser adotadas imediatamente.
Um dos primeiros passos é retirar da tomada os aparelhos que não estão sendo utilizados. Pesquisa divulgada em julho pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) aponta que aparelhos em stand by (desligados, mas prontos para entrar em funcionamento a qualquer hora) são responsáveis por encarecer em até 15% a conta de energia.
Segundo o estudo, um DVD funcionando duas horas por dia consome 0,51 kWh por mês. Se ficar o mês inteiro em stand by, com o led aceso, o gasto será de 0,67 kWh. No caso do decodificador de TV a cabo, o gasto mensal do equipamento em stand by é de 5,52kWh, contra 1,38 kWh, se funcionar durante quatro horas por dia.
Entretanto, o consumidor não deve retirar da tomada um produto que usará novamente em um curto espaço de tempo, para que a vida útil do aparelho não seja prejudicada. Retirar o equipamento da tomada é indicado em prazos maiores do que um dia e em casos de viagens.