Turismo rural terá investimentos de R$ 6 milhões

O Sebrae investirá R$ 6 milhões em projetos voltados para o segmento do turismo rural, volume que beneficiará cerca de mil empreendimentos em todo o Brasil com mais capacitação. Para a instituição, o segmento é considerado prioritário dentro da carteira do turismo porque a atividade amplia o faturamento e renda dos produtores rurais. A análise é da coordenadora do segmento do Turismo Rural do Sebrae Nacional, Andrea Faria, que veio ao Rio Grande do Norte discutir a realização da edição 2015 da Feira de Turismo Rural (Ruraltur). Originário da Paraíba, o evento a partir do próximo ano passa a ser itinerante, começando pelo estado potiguar. 

“O turismo rural é uma alternativa para aumentar a renda dos produtores e também o tempo de permanência dos turistas em determinados destinos”, confirma Andrea Faria. Apesar do potencial, a atividade ainda esbarra em entraves legislativos que inviabilizam a regularização dos empreendimentos desse setor, existente há mais de 20 anos no País. “Enquanto não resolvermos as questões legais, não conseguiremos ter um ambiente favorável para o produtor rural ter um CNPJ, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica”.

Já estão em andamento projetos de lei que tratam da possibilidade de o produtor rural ter um empregado com carteira assinada e também de permitir o funcionamento de um empreendimento regularizado dentro da propriedade rural. Atualmente, ambas as situações são inviáveis e, de certa forma, acabam contribuindo para a informalidade. Informações de pesquisa realizada pelo Sebrae apontam que a renda do turismo rural, em 67,2% dos empreendimentos pesquisados, é complementar à renda da propriedade nas atividades do agronegócio. Em apenas 32,8% dos empreendimentos, o turismo rural é a principal fonte de recurso da propriedade.

O estudo mapeou 122 propriedades rurais em todas as regiões brasileiras que oferecem atividades para visitantes que possibilitem vivências do mundo rural para o cidadão urbano, desde andar de trator até degustar produtos feitos na fazenda.  “O turismo rural precisa funcionar de forma profissional e organizada”, enfatiza a coordenadora.

Na avaliação de Andrea Faria, o Nordeste brasileiro tem potencial para expansão desse tipo de turismo, já que hoje as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte (88,1%) dos empreendimentos ligados ao turismo rural. Isso porque a região oferece produção associada (como o artesanato) e experiências vinculadas que geram um diferencial de mercado. No caso do Rio Grande do Norte, são exemplos os roteiros do Seridó,  Caminhos de Pium, Paraísos do Agreste  e Do Sertão para o Mar, que permitem ao visitante ver, provar e levar um pouco da cultura local.

Informações Agência Sebrae

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