O World Economic Forum da América Latina começou ontem (15/04) com os Co-Chairs da reunião concordando que a América Latina se encontra em uma posição melhor para enfrentar a desaceleração da economia global e a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos. "A situação da América Latina para enfrentar as mudanças da economia global nunca esteve tão forte", afirma Alejandro Baillères, CEO do Grupo Nacional Provincial do México "É uma ótima oportunidade para mostrar os benefícios da América Latina", comenta William R. Rhodes, Presidente, Diretor Geral e CEO, Citibank do NA, Citi. "Está claro que a América Latina reduziu a sua dependência da economia norte-americana quando comparamos com a década passada."
O World Economic Forum da América Latina reúne mais de 500 participantes de 40 países. Entre cerca de 40 figuras públicas estão sete chefes de estado ou de governos, como os Presidentes do México, Costa Rica, Honduras, El Salvador, Guatemala e Colômbia.
Um dos principais fatores que contribuíram para um cenário economicamente mais resistente na América Latina é o rápido crescimento do comércio e de investimentos entre países ricos em recursos naturais, como o Chile, e as economias emergentes na Ásia, como a China e a Índia, que são grandes consumidores de energia e matérias-primas. "Estamos aqui em função do desenvolvimento econômico e do progresso social da América Latina", ressalta Guo Shuqing, Presidente da China Construction Bank, o segundo maior banco estatal da China. De acordo com Guo, com a rápida expansão da economia chinesa, ao ponto de chegar ao superaquecimento, e a busca chinesa por investimentos em outros países, a América Latina deve ser uma parceira natural da China na sua luta para vencer os desafios de segurança energética e alimentícia e as pressões inflacionárias.
A reunião de dois dias vai oferecer oportunidades para pessoas da região e para o resto do mundo estudarem maneiras de ajudar no desenvolvimento do continente, destaca José Antonio Fernández Carbajal, Presidente e CEO da FEMSA do México. "Uma perspectiva regional é muito importante, porque existem perguntas e soluções especiais na América Latina e esta é a chance de compartilharmos idéias e desenvolvermos boas perspectivas para o futuro", conclui José Sergio Gabrielli de Azevedo, Presidente e CEO da Petrobras.
O World Economic Forum é uma organização internacional e independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.
Incorporado como uma fundação em 1971 e baseado em Genebra, na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais (www.weforum.org).