Como os empreendedores podem crescer durante a Copa

A realização da Copa do Mundo está, para muitos, se tornando em um pesadelo, com um alto custo que se arrastará por muitos anos. O sinal de alerta também acendeu para as empresas, nota-se um aumento constante de reclamações dos empresários sobre a paralisia da economia durante o período e também por causa dos feriados e falta de focos dos trabalhadores. E é esse desânimo o que mais preocupa em relação ao tema.

O clima é de desmotivação, principalmente, por parte dos empresários e é fácil que isso tenha reflexo nos demais setores da sociedade, o que se vê é um cenário de retração econômica, que poderá reduzir a taxa de crescimento da empresa e ocasionar até mesmo a temida recessão.

Contudo, enquanto grande parte dos empresários corta gastos nesse momento, o verdadeiro empreendedor sabe que chegou a hora de investir, pois é isso que fará diferença no futuro.

Uma alternativa que as grandes empresas estão encontrando para o momento é motivar os colaboradores com ações de recursos humanos, além de aproveitar o período para a busca de treinamento e desenvolvimento para os profissionais já contratados e políticas de retenção.

O mercado está cada vez mais competitivo, para se buscar períodos de crescimento, é fundamental o investimento em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, quem não se planejar e estruturar com certeza irá perder espaço. O capital intelectual é o maior ativo de uma organização.

Exemplo pode vir das seleções

O período da Copa também pode ser utilizado para motivar os parceiros, e para isso, nenhum exemplo é melhor do que se espelhar em um time de futebol. Muitos já devem estar familiarizados com o termo “gestão de pessoas”, muito utilizado no ambiente profissional quando nos referimos ao gerenciamento de pessoas, trabalho em equipe, liderança, feedback… O curioso é que podemos aplicar este conceito a vários outros tipos de situação, como em um time de futebol. Pode parecer inusitado, mas quando o conceito é aplicado a um time também pode gerar resultados bem satisfatórios.

Venho acompanhando o desempenho das Seleções Nacionais e observei alguns pontos que podem talvez explicar casos de fracassos. Em minha opinião, não existe diferença entre a liderança de um técnico de futebol e de um gestor dentro de uma empresa, pois ambos tem que motivar e influenciar seus colaboradores para atingirem as metas definidas pelo clube ou pela empresa.

No caso das grandes seleções, mesmo que todos os jogadores tenha um treinamento pesado, possuem talentos e um técnico forte, o grande diferencial sempre estará no esquema tático adotado. O que geralmente acontece que em seus clubes principais o time joga de uma maneira e na seleção de outra. O tempo que passam treinando juntos é muito curto para se adaptarem, e acabam tendo dificuldades para desempenharem bem o que foi passado pelo treinador. Assim, para uma seleção ser vitoriosa é importante que todos estejam incorporando o verdadeiro espírito da seleção– que é amor e orgulho de vestir a camisa, acima de qualquer coisa.

O trabalho em equipe é fundamental para se atingir resultados. É importante que o líder estabeleça um relacionamento de confiança com sua equipe, pois só assim a comunicação entre o emissor-receptor será eficaz. Desenvolver atividades que melhorem a relação entre a equipe é fundamental para que as pessoas tenham condições de se conhecerem melhor e instaurar um ambiente de cooperação e não de competição. É importante conhecer e respeitar o perfil de cada profissional, para que possam obter o seu melhor.

Cada equipe tem sua particularidade, mas o meu conselho para uma seleção atingir seus objetivos é potencializar os espíritos de grupo respeitando as individualidades. Assim, o empreendedor sendo um grande líder, com certeza estará aproveitando o momento e os exemplos para crescer, e não mais reclamar do que possa vir a acontecer. E bola para a frente!

Ricardo M. Barbosa é diretor executivo da Innovia Training & Consulting. Consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco; Daimler Chrysler.

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