Pesquisa mostra que profissionais 50+ querem atuar em sustentabilidade, mas a maioria ainda têm conhecimento limitado

A pesquisa da Maturi e Noz Inteligência investigou como a população madura compreende e se relaciona com o ESG e temas relacionados

A maioria dos profissionais com mais de 50 anos ainda têm conhecimento limitado sobre sustentabilidade, ESG e economia circular, aponta estudo inédito da Maturi, empresa nacional especializada em empregabilidade, desenvolvimento e capacitação de profissionais com mais de 50 anos, em parceria com a NOZ Inteligência.

Entre os entrevistados, 40% declararam possuir apenas conhecimento básico ou nenhum conhecimento sobre sustentabilidade, 52% em ESG, 62% em economia circular, 49% em impacto social e inclusão, 51% em energia renovável e 56% em gestão de resíduos. Os resultados revelam que, embora esses temas estejam em expansão no meio corporativo, sua difusão entre a população 50+ ainda enfrenta barreiras significativas e carece de maior aprofundamento.

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Foto: Pesquisa ESG da Maturi e Noz Inteligência

“O estudo evidencia um paradoxo: temos uma população 50+ altamente qualificada, mas que enfrenta dificuldades para acessar capacitação e oportunidades em áreas emergentes como sustentabilidade e economia circular. Ao mesmo tempo, o interesse é enorme. Portanto, é fundamental que empresas, instituições de ensino e governos criem condições para incluir esse público, pois eles têm muito a contribuir para os desafios ambientais e sociais atuais”, analisa Mórris Litvak, CEO da Maturi.

Os resultados da pesquisa confirmam que os temas já ocupam um espaço relevante nos planos de carreira de pessoas maduras. Para 71% dos entrevistados, são considerados muito ou extremamente relevantes, sendo vistos como essenciais para o desenvolvimento profissional e diferenciais competitivos no mercado.

O interesse em atuar nessas áreas também é expressivo: 65% afirmaram que gostariam de trabalhar com esses assuntos e outros 24,2% ainda não têm certeza, mas demonstram vontade de aprender mais sobre as oportunidades disponíveis.

“Embora conceitos como ESG, economia circular e energia renovável estejam em evidência no meio corporativo, a pesquisa mostra que ainda existe uma lacuna importante na difusão desses temas para a sociedade em geral, especialmente entre o público 50+. O conhecimento limitado reforça a urgência de ampliar a comunicação e os programas de capacitação, de forma acessível e prática, para que essas pautas deixem de ser restritas a nichos e passem a integrar o cotidiano das pessoas e, consequentemente, suas escolhas profissionais”, afirma Juliana Vanin, economista e fundadora da NOZ Inteligência.

Outro dado relevante é que 66% dos respondentes citam o preconceito etário como principal barreira para atuar em sustentabilidade e ESG. Em seguida, aparecem a falta de programas de capacitação voltados ao público 50+ (42%) e empatados a ausência de experiência prévia no setor e concorrência com profissionais mais jovens, cuja formação recente abrange esses temas (41% cada). As áreas de maior interesse para contribuição profissional são: educação e conscientização em práticas sustentáveis (56%), responsabilidade social (46%), governança corporativa (41%) e gestão ambiental (36%).

“O preconceito etário ainda é uma das maiores barreiras para a contratação de profissionais experientes. Muitas empresas deixam de aproveitar talentos altamente qualificados, que poderiam agregar conhecimento, maturidade e visão estratégica em áreas emergentes como ESG e sustentabilidade. Essa exclusão não afeta apenas os profissionais, mas também limita a inovação e a diversidade dentro das organizações”, diz Mórris.

pesquisaque foi divulgada no MaturiFest 2025, maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+ da América Latina, ainda aponta caminhos estratégicos para ampliar a inclusão da população 50+ no universo da sustentabilidade, como: desenvolvimento de cursos acessíveis e específicos para esse público; incentivo à diversidade etária em projetos ESG e de impacto social; estímulo ao empreendedorismo maduro em economia circular e criação de redes de apoio e grupos de estudo voltados para profissionais maduros.

“Não basta discutir sustentabilidade sem incluir a diversidade etária como parte da solução. Há um enorme contingente de profissionais 50+ dispostos a aprender, inovar e contribuir para esse ecossistema. O caminho está em investir em capacitação contínua, criar oportunidades inclusivas e enxergar o valor estratégico que essa geração pode trazer para os desafios ambientais e sociais do nosso tempo”, conclui Litvak.

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