Com mais de 3,3 bilhões de palavras traduzidas na Língua Brasileira de Sinais, Hand Talk lança campanha que reforça valorização da cultura e o protagonismo da comunidade surda
O mês de setembro é marcado por campanhas de conscientização no Brasil, como o Setembro Amarelo, pela prevenção ao suicídio, e o Setembro Verde, dedicado às pessoas com deficiência. Entre elas, ganha cada vez mais relevância o Setembro Azul, período de visibilidade e celebração da comunidade surda. Para ampliar o debate e dar protagonismo às pessoas surdas, a Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, lança a campanha “Setembro Surdo: Mais que um mês, um sinal de resistência”.
A Campanha acontece durante todo o mês e é composta por uma série de vídeos que serão publicados ao longo do mês nas redes sociais da empresa, nos quais pessoas surdas compartilham suas experiências e perspectivas em torno de cinco eixos centrais: identidade, cultura, resistência, direitos e protagonismo. Além do conteúdo audiovisual, a campanha traz um manifesto que guia a narrativa: “Não é só uma cor. Não é só uma campanha. É passado, presente e futuro. É cultura, direito e identidade. É protagonismo em movimento. Mais que um mês, um sinal de resistência.”
A iniciativa inclui também materiais educativos e interativos, como uma aula gratuita de Libras Iniciante para Ambientes Corporativos, ministrada por professor surdo, entrevistas e artigos no blog sobre inclusão e acessibilidade. Além de itens exclusivos na loja do app Hand Talk que reforçam o orgulho da comunidade e banners que direcionam para os vídeos da campanha. Conteúdos educativos e audiovisuais também serão divulgados nos canais digitais, ampliando alcance e engajamento.
A Hand Talk é uma empresa que ajuda a quebrar a barreira de comunicação por meio da tecnologia e atingiu a marca de 3,3 bilhões de palavras traduzidas na Língua Brasileira de Sinais (Libras). No começo de 2025, foi adquirida pela Sorenson, líder global em soluções de comunicação para pessoas surdas e com deficiência auditiva e uma das maiores empresas de tradução do mundo.
Acessibilidade é um valor cultural e contínuo, e não apenas como cumprimento legal
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira — mais de 10 milhões de cidadãos — apresenta deficiência auditiva, sendo 2,7 milhões com surdez profunda. Apesar da relevância desse público, a inclusão digital ainda apresenta lacunas. O Panorama de Acessibilidade Digital, estudo conduzido pela Hand Talk em parceria com o instituto Opinion Box, aponta que apenas 39% das pessoas com deficiência afirmam que os sites atendem às suas necessidades. O levantamento também revela que, mesmo entre as empresas que já adotam iniciativas de acessibilidade digital (49%), 28% relatam barreiras culturais como o principal desafio para mantê-las.
“O Setembro Surdo é um convite para enxergar a comunidade surda em sua potência, e não em suas limitações. Queremos estimular empresas e a sociedade a ampliarem a acessibilidade como um valor cultural e contínuo, e não apenas como cumprimento legal”, afirma Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk. O executivo reforça que o impacto vai além da conscientização: “Acreditamos que a verdadeira inclusão só acontece quando a diversidade é celebrada e respeitada em sua essência. O Setembro Surdo é mais do que um marco no calendário: é um chamado para que a sociedade enxergue, de fato, a comunidade surda como protagonista de sua própria história.”