8 dicas para quem deseja ser um empreendedor social

A busca por projetos que causem impacto positivo na sociedade é cada vez mais intensa. Hoje, o equilíbrio entre lucro e relevância social é uma realidade do empreendedorismo nacional. Segundo Michelle Fidelholc e Isabela Carvalho, coordenadoras da Ashoka Brasil, Ashoka Brasil – organização mundial pioneira na identificação e investimento em empreendedores sociais –,  “O Empreendedor Social aponta tendências e traz soluções inovadoras para problemas do cotidiano em diversos âmbitos, seja de mobilidade, meio-ambiente ou de desenvolvimento econômico, seja por enxergar um problema que ainda não é reconhecido pela sociedade ou por vê-lo por meio de uma perspectiva diferenciada”, diz.

Ainda de acordo com as especialistas, o Brasil ainda enfrenta algumas barreiras, como elementos legislativos e tributários, mas já existem processos em andamento para de alguma forma amenizar esses desafios. “É necessário continuar desenvolvendo esse ecossistema. Com a sua atuação, o empreendedor social acelera o processo de mudanças e inspira outras pessoas a se engajarem em torno de uma causa comum, um projeto estruturado”, complica Michelle. “Ele catalisa transformações e sua perseverança, sua liderança colaborativa e seu poder de ativar redes são capazes de despertar a ação em outros indivíduos. Com isso, ficamos mais próximos de construir um mundo em que todos somos agentes de transformação, responsáveis por melhorar os nossos meios”, completa Isabela.

Confira abaixo 8 dicas que podem as pessoas que querem se tornar empreendedores sociais:

1. Identificar o problema: Identifique a demanda social em que deseja trabalhar e analise os componentes que levam a esse problema. Saber o que deve ser “combatido” ajuda a estabelecer uma estratégia de ação.

2. Público beneficiado: Conheça o público que vai ser beneficiado com a solução pretendida. Não basta ter uma ideia distante de quem são, suas culturas, seus valores. É preciso ir além do superficial. O conhecimento popular é muito valioso, e às vezes a solução pode ser uma adaptação do que já está sendo feito, aliado com conhecimentos externos.  A metodologia de Design Thinking, por exemplo, fornece algumas ferramentas de empatia pra tentar entender o beneficiário. O mais importante aqui é ter respaldo, apoio e constante feedback do público beneficiário.

3. Projeto elaborado e definido: Desenhe um projeto que inclua objetivos, plano de captação de recursos ou sustentabilidade financeira, ações objetivas, número de pessoas envolvidas, comunicação e indicadores de impacto.

4. Trabalho em equipe: Envolva os beneficiários, apresente seus projetos e os convide para fazer parte da co-criação. Eles devem ser vistos como as grandes fontes de informação e devem ser parte inerente das ações que estarão em andamento.

5. Recursos: A captação de recursos é uma das áreas mais complicadas. Algumas maneiras de financiar projetos são: 1) editais; 2) parceria com empresas e poder público; 3)crowdfunding; 4) desafios como os promovidos pelo Changemakers da Ashoka; 5) pagamento de pequenas contribuições pelos beneficiários, no caso de produtos.

No entanto, aqui é preciso lembrar que as redes de colaboração têm funcionado muito no que se refere a levantar recursos. Vale identificar todas as redes e grupos que também estejam trabalhando naquela área. Quando falamos de impacto social, colaboração é mais efetivo do que competição!

6. Comunicação e apresentação: Uma comunicação bem estruturada pode não somente gerar visibilidade para o projeto, mas também atrair parceiros, voluntários, colaboradores e inspirar pessoas a desenvolverem projetos que se aliem ao seu. Quanto maior o impacto de um projeto e mais pessoas envolvidas, maiores as chances de ganhar atenção de grandes empresas e do poder público, o que potencializa os movimentos de transformação sistêmica.

7. Trabalho em equipes: Equipes multidisciplinares ajudam a inovar e a ver oportunidades onde há crise. Promova diversidades no seu time e crie canais de comunicação entre ele, para que todos se sintam empoderados e responsáveis pelo êxito final do projeto

8. Feedbacks: No fim de cada ação, recolha feedbacks e sugestões de todos os envolvidos. Analise os resultados desses feebacks, compare com os objetivos iniciais do projeto e veja o que ainda pode ser melhorado. É importante saber que muitos imprevistos vão acontecer mas que pesquisas e conversas de feedbacks podem tornar o processo mais preciso.

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