Marcel Nicolay, especialista da fintech Malga, alerta que muitas vendas são perdidas porque os consumidores não encontram o método de pagamento desejado
Os últimos dois anos fizeram com que o consumidor passasse a se planejar e utilizar o e-commerce com mais frequência, inclusive em datas comemorativas. Prova disso foi o aumento de 17% nas vendas nos e-commerces relacionados às pequenas e médias empresas no Dia dos Namorados em 2022. Os dados são da Nuvemshop, plataforma de e-commerce com mais de 100 mil lojistas cadastrados (a maior parte de PMEs). Outra pesquisa, corrobora com o crescimento do e-commerce: o relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS, estimou que o comércio eletrônico mundial deve crescer 55,3% até 2025. No Brasil, a pesquisa vislumbra que as vendas do e-commerce devem aumentar 95% nos próximos dois anos.
Diante desses dados, os empreendedores presentes no comércio eletrônico, devem estar atentos, em especial, aos meios de pagamentos oferecidos na hora dos consumidores pagarem as compras. Isso porque, um estudo recente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest, revelou que 91% dos entrevistados costumam fazer compras online, e entre os meios de pagamento preferidos estão o Pix (33%), cartão de crédito parcelado (30%), cartão de crédito a vista (15%), pagamento móvel via aplicativo (9%) e demais pagamentos (somando 13%).
O especialista Marcel Nicolay, CTO de Malga – especializada em oferecer uma infraestrutura simples, acessível e adaptável para pagamentos digitais -, ressalta que, no Brasil, mais de 20% das transações on-line são recusadas por diversos motivos, o que custa à indústria US$ 15 bilhões em vendas perdidas. Entre esses principais motivos estão erros genéricos (que compreendem erros de processamento, falha de comunicação, entre outros), saldo insuficiente e suspeitas de fraude. “Quando falamos, por exemplo, da modalidade de pagamento em cartão de crédito, desses três motivos, que compreendem 80% das transações negadas, dois poderiam sofrer retentativas em outros provedores, elevando as chances de conversão da compra”, explica Nicolay.
O CTO de Malga explica ainda que a orquestração de fluxos inteligentes de pagamentos – uma funcionalidade oferecida pela fintech – é a solução para os e-commerces pararem de perder vendas. Isso porque, a orquestração permite que as empresas trabalhem as características específicas de cada tipo de transação de pagamento. “É literalmente personalizar as transações de acordo com condições e regras específicas de cada tipo de negócio. E mais: o cliente prioriza os provedores de acordo com aquilo que é importante pra ele, seja taxa de aprovação, negociações com provedores, custo da transação, taxa e etc”, elucida Marcel, que ressalta que a solução está presente dentro da área do cliente, dando o poder de tomada de decisão sobre as transações para as empresas.
De fato, com essa ferramenta, um dos clientes de Malga, a empresa Clubinho de Ofertas, está comemorando porque aumentou a taxa de conversão de cartão de crédito de 79% para mais de 95%, e ainda passou a oferecer o Pix, que em 6 dias já estava com aproximadamente 30% de participação de vendas. “Mudei 5 dias antes da minha principal data comercial e fiquei supertranquila com um resultado maravilhoso! Excelente meio para testar novos adquirentes, meios de pagamento de forma fácil e rápida”, declara Grasiela Camargo, CEO da Clubinho de Ofertas.
Entre os outros resultados dos clientes de Malga, com a orquestração de fluxos inteligentes, estão: uma plataforma de gestão para o setor turismo que em apenas 1 mês teve R$ 500 mil em vendas recuperadas (o equivalente a 80% das transações do site). Já uma grande bilheteria digital, somente em um evento de vendas de ingresso, conseguiu R$ 800 mil em vendas recuperadas (o equivalente a 2.000 das transações). E um parque de brinquedos infantil que recuperou em 2 meses R$ 500 mil em vendas (o que equivale 45% das transações negadas).