De acordo com dados do IBGE de 2018, as mulheres ocupam 45,3% dos postos de trabalho em todo o País. Essa presença teve início em 1940, marco da industrialização no Brasil, cujo processo gerou escassez de mão de obra em algumas funções, permitindo que a força feminina fosse requisitada para ocupar essa lacuna. Uma maior representatividade das mulheres também é observada na segurança patrimonial, promovendo uma quebra de paradigmas e de preconceitos que envolvem o setor, tradicionalmente ligado ao genótipo masculino.
A Security Segurança e Serviços, empresa com 40 anos de atuação no mercado de Segurança Patrimonial, facilities e tecnologia em segurança, tem, em parceria com seus clientes, contribuído para a ascensão das mulheres no mercado de vigilância. “Nossos parceiros têm atuado na busca da equidade de gênero e na inserção de minorias em suas atividades e estão abrindo um espaço cada vez maior para o efetivo feminino em posições de vigilância, reforçando que as habilidades emocionais e o perfil feminino podem ser um diferencial importante em determinados postos de trabalho, como naqueles que exigem comunicação com o público externo”, destaca Renata De Luca, Chief Human Resources Office da Security Segurança e Serviços. A executiva destaca ainda que os gestores de segurança de grandes empresas estão em busca de um equilíbrio nas contratações, oferecendo mais oportunidades para que as mulheres cresçam e ocupem os espaços.
Aposta do mercado na capacidade da mulher
Dois ótimos exemplos para ilustrar esse equilíbrio nas contratações são o que a Heineken Brasil e a Samsung vêm fazendo em parceria com a Security.
A Heineken tem atuado para fortalecer o empoderamento feminino dentro de suas instalações, inclusive na área de Segurança Patrimonial. “Temos uma agenda de inclusão e diversidade em nossa empresa. Esse tema é tratado em todos os níveis da companhia. Para nós, em Segurança Empresarial, não poderíamos agir diferente, pois estamos inseridos na estratégia de proteção das pessoas e do negócio”, destaca Antônio de Barros Mello Neves, Sênior Manager Corporate Security da Heineken Brasil. Para o gestor, “lugar de mulher é onde ela quiser”, por isso acredita que as empresas devem contratar pessoas por competências e não apenas pelo fator gênero. “Ainda que temas como equidade de gêneros, inclusão e diversidade, estejam sendo trabalhados pelas empresas, ainda se tem um longo caminho a percorrer”.
De acordo com o Estudo do Setor da Segurança Privada (ESSEG) publicado em 2019 pela FENAVIST (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores), apenas 9,7% do quadro de profissionais é composto por mulheres. “Aqui na Heineken Brasil temos o orgulho de anunciar um efetivo feminino de segurança em 42% e esperamos alcançar os 50% em 2021”, reforça Antônio de Barros Neves.
Já a Samsung apostou em uma mudança significativa do quadro de colaboradores que cuidam da segurança patrimonial da empresa ao abrir vagas para um maior número de mulheres nesta função. O analista de Segurança Patrimonial da Samsung, Darlan Lima De Santana, comenta que as mulheres são peças fundamentais na operação de segurança: “Elas são detalhistas e possuem bastante responsabilidade com a atividade exercida. Com a soma destes fatores, são cada vez mais ativas nos postos e operações de segurança. Hoje, 50% dos cargos são ocupados por mulheres, que marcam presença em áreas como portaria e VTR (viatura)”.
A desigualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho deve ser combatida pelos benefícios que a mulher pode trazer, por exemplo, na sensibilidade para perceber detalhes, administrar contextos de forma diferenciada, bem como no dinamismo no trabalho, o que gera resultados positivos para as organizações. A coordenadora de psicologia corporativa da Security, Ana Lucia de Barros Torres, comenta um pouco sobre essas características: “em nosso segmento as mulheres se diferenciam por características como: conseguir prestar atenção em vários pontos ao mesmo tempo, ser firmes sem perder a simpatia e por administrarem bem pressão e conflitos”.
A segurança na prática
A oportunidade e a paixão por querer ter uma profissão que é respeitada e não acreditar que existem atividades determinadas por gênero, tornou o setor de segurança uma área escolhida pelas mulheres. Como o setor tem particularidades de procedimentos, por exemplo a organização das tarefas por escala, o segmento permite conciliar vida familiar e trabalho. Para Renata De Luca, “isso é importante porque a mulher consegue alternar dias de folga e de serviço ou ter uma escala com horário limitado, o que ajuda muito na qualidade de vida”.
Para as mulheres, que são parte fundamental da renda familiar, trabalhar com segurança é importante, pois é uma profissão reconhecida, com boa remuneração e muitas empresas contratam em início de carreira, permitindo que a pessoa adquira formação dentro da própria companhia. “Acreditamos que há um consenso natural sobre a presença da mulher neste mercado, uma vez que a Segurança Patrimonial passou a ser percebida mais como uma atitude de prevenção, com equipe capacitada e formada, do que como força física ou presença ostensiva apenas”, finaliza a CHRO da Security.