Qual é a influência das redes sociais no mercado de trabalho?

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*Por Cecília Barçante, Head de Empregabilidade da Refuturiza

Atualmente, quando queremos saber mais sobre alguém, a primeira coisa que fazemos é procurar o perfil dessa pessoa nas redes sociais. Da mesma forma que acessamos as informações sobre amigos ou conhecidos por meio dessas redes, nossos perfis também podem ser facilmente acessados por inúmeras pessoas, incluindo recrutadores ou até mesmo colegas de trabalho.

Como o próprio nome indica, essas redes são voltadas para o uso pessoal – criar conexões com amigos e seguidores, compartilhar imagens, fotos e pensamentos. Mas muito se engana quem pensa que esses perfis não tem nada a ver com o trabalho.

Muitos profissionais têm utilizado essas ferramentas para divulgar o próprio trabalho. Hoje, quase todas as pessoas estão conectadas e com perfil ativo nas redes, o que faz desse espaço virtual um importante lugar para compartilhar conteúdos e fazer conexões.

Mas não é só isso. Não são poucas as empresas que, atualmente, utilizam as redes para conhecer e monitorar candidatos e membros da equipe. E por mais que isso não seja uma prática legítima, é difícil imaginar que líderes e gestores não fossem acessar informações que ficam “dando sopa” na internet.

Tendo isso em mente, algumas pessoas optam por ter dois perfis: um fechado, para postar conteúdos mais íntimos (como fotos na praia ou em família) e um aberto, com postagens não comprometedoras.

Isso pode realmente funcionar, mas não é 100% seguro. Não é de hoje que vemos prints e áudios vazando e causando transtornos às pessoas. Por isso, o ideal é ter atenção com as postagens para evitar a dor de cabeça. Dito isso, elenco alguns cuidados que podem prevenir as situações constrangedoras no ambiente de trabalho:

  • Cuidado com as fotos:  Poses sensuais, de roupa íntima ou de banho, com bebidas alcoólicas ou em situações constrangedoras não são bem-vindas pois não imprimem uma boa imagem.

  • Atenção também ao conteúdo das postagens: Piadas de mal gosto, conteúdos explícitos, racismo, preconceito, machismo, homofobia, linguagem vulgar e palavrões, fake news e opiniões que vão contra a lei e/ou os direitos humanos não devem, de forma alguma, compor o seu feed.

  • Vida pessoal: Brigou com o/a parceiro/a? Tem um amigo que pediu dinheiro emprestado e não devolveu? Está chateado com o chefe ou com algum colega de trabalho? Pois bem, as redes não são o espaço correto para resolver ou desabafar sobre esses problemas. A chamada “lavagem de roupa suja” não agrega em nada – nem na vida pessoal, nem na vida profissional – e ainda transmite a ideia de que você não tem inteligência emocional ou que não sabe gerenciar conflitos.

  • Configure a marcação nas postagens: De nada adianta você limpar o seu perfil e continuar sendo marcado em postagens que não condizem com a imagem que você quer passar. Por isso, para evitar que algum amigo poste uma foto sua em situação constrangedora ou comprometedora, habilite a opção de verificação das marcações. Isso garante que nada seja publicado sem antes passar pelo seu crivo.

A rede profissional

Mas nem só de Instagram, Facebook e Twitter vive o profissional antenado. Existe uma rede social criada especificamente para quem quer criar boas conexões profissionais. E falando em conexões, é a isso que se refere a palavra network. Encontrar novas e melhores oportunidades profissionais é um processo que envolve inúmeros fatores. Antes de tudo, você deve sim investir no seu crescimento através de graduação, pós-graduação e outros cursos. Você também deve investir no aperfeiçoamento das suas habilidades comportamentais. Mas isso não é tudo.

Aumentar e fortalecer a sua rede de contatos (ou seja, conhecer novas pessoas e aprofundar as relações) também é fundamental para acessar novas oportunidades. E o LinkedIn é a rede perfeita para fazer isso. Nela, as pessoas não postam nenhum conteúdo pessoal, apenas de trabalho, além de expor suas qualificações, habilidades e experiência.

Hoje em dia, muitas empresas acessam direto o perfil do profissional em vez de pedir um currículo no formato tradicional. Além de criar conexões com outros profissionais da sua área, você também pode se conectar às empresas em que deseja trabalhar. Isso vai ajudar a entender a cultura do negócio e o perfil de profissional que eles buscam, além de (claro!) ficar ligado na abertura de processos seletivos.

*Cecília Barçante é Head de Empregabilidade da REfuturiza – Emprego e Educação para TODOS. Formada em artes cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e apaixonada pelo desenvolvimento humano, Cecília resolveu pivotar sua carreira para se aprofundar em aspectos comportamentais e, desde então, atua no recrutamento e seleção de profissionais, principalmente das classes C e D.

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