5 cuidados básicos antes de abrir a empresa.

Eu gosto de dividir os cuidados na abertura de empresa em 5 pontos, é claro que cada tipo de negócio exige mais atenção em alguns pontos que outros, as necessidades de uma empresa de tecnologia são completamente diferentes de uma franquia de alimentos.

A primeira preocupação é em relação ao nome do negócio, duas consultas básicas devem ser feitas. Junto ao INPI, para verificar se o nome escolhido já não é marca de alguém, e não adianta procurar no google, pois muitas vezes a marca não está em atividade. Também é importante saber se há domínio disponível, ou você vai deixar de aparecer na internet?

A segunda é sobre o local onde estará instalado o negócio. Cada município possui regras de zoneamento e ocupação do solo, com áreas residenciais, comerciais, mistas, e outras diversas subdivisões. Ao passear pelos bairros da sua cidade fica fácil de distinguir isso.

Veja que a preocupação aqui está no habite-se e alvará de funcionamento, com simples pedido de consulta de viabilidade a prefeitura vai te informar se você pode efetuar o negócio ou não naquele local.

E qual a importância desse estudo ser prévio? Para evitar de assinar um contrato de locação em local não apropriado, e passar pelos problemas da rescisão (antes mesmo de começar a faturar). Já vivenciei com clientes as duas situações, o local não possuía a viabilidade para funcionar em razão do zoneamento, e também, o imóvel não tinha as condições mínimas para exercer a atividade (alvará).

O terceiro ponto é em relação a constituição da empresa, sendo assim, os cuidados com a criação e registro do contrato social (junta comercial), as inscrições municipais, estaduais e na Receita Federal.

Aqui o conselho principal é em relação ao acordo de cotistas, que não é uma obrigação legal, mas evita muitos problemas. Nesse instrumento são postos todos aqueles acordos feitos entre os sócios e que passam batidos, quem tem empresa e sócio sabe que a paixão acaba, dá lugar à razão, e que isso pode se tornar um problema.

O quarto ponto é o aspecto trabalhista, hoje a legislação trabalhista permite uma diversidade de contratos e não estamos mais amarrados à CLT, acontece que na prática eu vejo empreendedor contratando via P.J. (pessoa jurídica) e tratando como fosse celetista e essa bagunça gera um passivo e dor de cabeça. Quantos empresários já sentaram na minha mesa pois estavam refém de seus colaboradores.

Last but not least: contratos. É impressionante como é difícil formalizar um contrato, mas isso é um pouco culpa dos advogados que criaram a mania de escrever contratos extensos, cansativos e complexos. De toda forma não se pode fazer negócio sem segurança, principalmente em setores de grande importância para a empresa.

É importante o empreendedor compreender o seguinte, cada ponto deste que não está bem definido aumenta o risco do negócio, todo mundo sabe que depois de pagar tributos, contador, fornecedores, advogado, aluguel, luz, IPTU, domínio, colaboradores, o lucro que chega é comemorado. Deixar esse lucro escorrer pelas mãos por falta de organização é um desestímulo para seguir o mês seguinte.

Eu vejo cotidianamente o lucro da empresa não ir para o sócio, mas para um antigo colaborador (através de ação trabalhista), para bancar um calote (por falta de contrato que possibilite a cobrança), por necessidade de alterar o local do negócio, então, investir tempo e dinheiro nesses tópicos é primordial para o sucesso da empresa.

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