O número de vagas geradas e o crescimento do setor de serviços no PIB indicam a resiliência desses estabelecimentos comerciais
Bares e restaurantes continuam a demonstrar que são essenciais para o país. Por trás dos bons números de emprego e do PIB ( Produto Interno Bruto), está a colaboração de um setor que, mesmo tendo sido atingido duramente pela crise gerada pela pandemia de Covid-19, continua a gerar vagas e movimentar a economia. É o que mostram os dados recentes do PIB e dos indicadores de emprego.
Em julho deste ano, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 8 mil novas vagas formais de emprego. Outro indicador que merece destaque é o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), que apontou um saldo de 31 mil novas vagas (formais e informais) na comparação entre trimestres, com um crescimento de 0,8% no segundo trimestre do ano.
Além disso, no âmbito macroeconômico, os números divulgados pelo governo do PIB também refletem positivamente o desempenho do setor.
No segundo trimestre do ano, o PIB cresceu 0,9%, com os serviços crescendo 0,6% e o consumo das famílias (onde o consumo de bares e restaurantes tem forte presença) mantendo-se em linha, com 0,9%.
“São indicadores que mostram a resiliência de um setor que ainda sofre, mas contribui ainda assim de modo decisivo para a melhora do ambiente econômico. Bares e restaurantes são essenciais na vida dos brasileiros.
Esse papel já foi reconhecido, por exemplo, pela Câmara dos Deputados, que votou por uma alíquota diferenciada para o setor na Reforma Tributária. Esperamos agora que esse reconhecimento seja mantido no Senado Federal”, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, entidade que congrega esses estabelecimentos comerciais.
Outro dado relevante é que, até o momento, o setor de bares e restaurantes já registrou um saldo positivo de 36 mil novas empresas em 2023, segundo dados da Receita Federal. Esse aumento significativo no número de estabelecimentos se reflete nos empregos, mas também demonstra a entrada de novos empreendedores no mercado.
Ao todo, o setor abriga diretamente mais de 7 milhões de empreendedores e trabalhadores no Brasil, sem contar uma extensa cadeia de fornecedores de insumos e serviços.