“Hoje, o Brasil é o terceiro mercado do mundo e já seríamos o segundo se não fosse a desvalorização cambial dos últimos dois anos. Mas é previsto que ocupemos a segunda posição em 2017”, disse Duda Kertész, presidente da divisão de Consumo da Johnson & Johnson no Brasil, durante o 1º Seminário Mulheres Líderes promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. “O curioso é que um país como a Índia, que é mais populoso que o Brasil, levará 10 anos para chegar à posição que hoje o Brasil já detém”, diz.
Um dado que contribui para esta perspectiva é o aumento da mulher no mercado de trabalho. “Em 17 anos a participação saltou de 39% para 60%. Esse crescimento impulsiona o mercado da beleza. Antes, a mulher se conformava em ser objeto e hoje ela quer ser sujeito. Participa do mercado de trabalho, tem independência e poder de decisão de compra em 80% dos casos”, reforça Duda. “Em 38% dos lares a renda delas é a principal da casa. Elas formam o nosso target principal e temos pesquisas para identificar o que elas esperam dos produtos de higiene e beleza”, esclareceu.
Duda finalizou dizendo que a mulher busca o equilíbrio dos papeis que desempenha na vida. “Como essa busca chega ao mercado da beleza? A diferença fundamental da brasileira para as mulheres de mercados desenvolvidos é que assumimos que a beleza é importante”.
Para João Doria, presidente do LIDE, Duda Kertész é um exemplo do papel que hoje a mulher desempenha. “Ela liderou uma transformação na Jonhson & Jonhson. A empresa tinha bons resultados, bons produtos e era líder de mercado em diversas categorias. Porém, com sensibilidade, ousadia e criatividade, a Duda estabeleceu novas plataformas de marketing e aumentou o share de vários produtos. Um verdadeiro exemplo de como fazer mais e melhor. De como não ficar acomodado com um cenário confortável”, finalizou.