Antes de tudo, é necessário entender a diferença entre uma pessoa que possui suas finanças em forma superavitária e uma pessoa que possui suas finanças em formato deficitário. “O dinheiro que você tem ou não tem está diretamente ligado à forma como você se preocupa e cuida dele”, explica o professor de Cenários Econômicos do Centro Universitário Internacional Uninter, Cleverson Pereira.
Pessoas cujas finanças estão em superávit são aquelas que, após receber suas receitas (salários, pró-labore entre outros rendimentos), pagam suas despesas pessoais (água, luz, telefone, alimentação, entre outras) e ainda sobra dinheiro. Logo, elas podem investir a sobra caso desejem.
Pessoas que possuem finanças em déficit são aquelas que, após receber suas receitas, não conseguem pagar suas despesas pessoais e, para resolver a situação devedora, pegam dinheiro emprestado. Logo, será necessário ajustar suas finanças para desenvolver um equilíbrio e, no futuro, mudar para um status superavitário.
Pereira listou quatro dicas importantes para quem quer cuidar e investir melhor o dinheiro em tempos de crise:
Pagar ou ajustar as dívidas
Se você recebeu um dinheiro e possui dívidas corrigidas por juros elevados, o primeiro passo é pagar e evitar contratar novas. Caso não tenha dinheiro para pagar, é muito importante procurar seus credores e propor ajustes e fluxos de pagamentos de seus compromissos com indicadores de correção justos e que se enquadrem dentro das possibilidades de pagamento do seu orçamento pessoal, ou seja, possíveis de serem pagos.
Comprar somente o necessário
O consumo consciente em tempo de crise é fundamental para a saúde do seu bolso, as receitas estão em redução e postos de trabalhos estão sendo fechados. Portanto não é a hora certa de comprar e principalmente se endividar a médio e longo prazos.
Conhecer e respeitar o seu perfil de investidor
Saber quais são os seus limites de exposição aos riscos de um investimento é fundamental para cuidar e respeitar de maneira inteligente o seu dinheiro. Os perfis conhecidos no mercado são:
– Conservador: que é avesso a riscos e prefere ganhos menores, porém deseja que seu dinheiro possua liquidez imediata;
– Moderado: tem a visão e o conhecimento de expor a riscos moderados, isto é, divide seu capital entre investimentos conservadores e arrojados;
– Arrojado: trabalha com a visão de exposição maior a riscos em seus investimentos para possibilidade de ganhos maiores. Sua visão deve ser de longo prazo e não contar com o dinheiro de forma imediata.
Em período de crise, como agora na pandemia da Covid-19, todos os perfis de investidores devem ser cautelosos nas decisões de investir, pois até aplicações conservadoras apresentaram perdas em seus resultados.
Aprender e praticar investimentos
Estudar e aprender é sempre fundamental em qualquer área de nossas vidas. No caso do dinheiro, que é fundamental para todas as famílias do mundo, é necessário sempre estar atualizado para encontrar caminhos que levem a resultados positivos e saber quando fugir de algumas aplicações que possam trazer prejuízos.
O especialista orienta “se seguir essas dicas, a crise pode ser uma oportunidade de mudar de patamar na sua vida financeira. Lembre-se: o dinheiro não leva desaforo”.