Em um país com milhões de endividados, utilização de dados traz efetividade na cobrança e até prevê inadimplência
Segundo pesquisa realizada pela CSU Digital, 66% dos clientes de instituições financeiras indicam mais interesse em bancos que tenham conhecimento de suas tendências de comportamento e que adaptem suas ofertas utilizando esses dados. Além disso, o mesmo relatório mostra que, destes clientes, 77% estão dispostos a compartilhar informações com esses agentes. Na recuperação de crédito, em especial, esse cenário de hiperpersonalização é especialmente importante já que permite estratégias mais eficazes, algo importante em um país que possui milhões de inadimplentes.
“A inteligência de dados permite que as companhias ajustem a rota e personalizem as abordagens com base no perfil dos clientes inadimplentes. Isso porque é possível entender o momento da vida do cliente e, com uma abordagem flexível, aumentar a eficácia da recuperação. Em um exemplo prático, a partir de soluções como as da Quod, as companhias conseguem priorizar segmentos com maior probabilidade de pagar, prever tendências de perdas e criar cenários para otimizar a alocação de recursos”, explica Danilo Coelho (foto em destaque), diretor de produtos e dados da Quod, datatech que transforma dados em inteligência para a tomada de decisões.
Por conta disso, nos próximos anos, chatbots e assistentes virtuais devem se tornar cada vez mais comuns na interação com clientes, enquanto plataformas de cobrança digital continuarão a evoluir, tornando-se mais seguras e eficientes. Já com o aumento na integração de dados entre diferentes sistemas e o aumento do uso de fontes alternativas de informações, a personalização massiva das cobranças com base em análises preditivas também será maior – especialmente com o uso de IA para entender tendências de comportamento.
Na prática, esse entendimento profundo do devedor, torna não só o atendimento mais rápido e dinâmico, permitindo renegociações mais precisas, como também pode prever, por exemplo, o risco de inadimplência antes que ela aconteça. Dessa maneira, há vantagens não só para as instituições, como também para a sociedade como um todo.
“outra vantagem dessa tecnologia é permitir abordagens mais éticas, isso melhora a percepção da marca, pois os consumidores veem a empresa comprometida com soluções que beneficiam ambas as partes, evitando práticas agressivas e desrespeitosas”, pontua Coelho.