Dicas para as empresas em fase inicial enfrentarem a pandemia

Desde que chegou ao país, a Covid-19 tem trazido uma série de problemas aos brasileiros. Fechamento do comércio, suspensões de aulas e cancelamentos de eventos para evitar aglomerações são algumas das medidas tomadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na intenção de conter o avanço da doença. Sem sombra de dúvida, um dos assuntos mais preocupantes quando se trata da pandemia, diz respeito ao prejuízo que ela vai causar nos negócios – principalmente nos que estão em fase inicial.

Segundo Rafael Dal Molin, diretor da Elevor – startup gaúcha que desenvolve softwares de gestão empresarial para os mais variados setores –  apesar de todo e qualquer brasileiro ter noção de que é importante ter uma reserva financeira para os momentos de crise, infelizmente muita gente não consegue se organizar sem a ajuda de um profissional. Para ele, nas organizações que estão começando agora, esse assunto acaba ficando em segundo plano e por isso estão ocorrendo tantas demissões desde que a quarentena e o isolamento social foram inseridos.

“Se o empreendedor é uma pessoa consciente e tem clareza dos riscos a que está exposto, ele provavelmente tem um Plano de Contingência para buscar informações e ser mais assertivo nas tomadas de decisões. Ou seja, ele tem uma estratégia a ser executada para minimizar os impactos diante de uma emergência. Acontece, que dentre tantas outras prioridades que temos que lidar no dia a dia, o assunto perde a prioridade e não à toa a falta de controle e planejamento financeiro acaba sendo o principal motivo da falência das empresas”, explica.

Ainda segundo o empresário, as ferramentas digitais são essenciais nos negócios atualmente, já que os ERPs ajudam os gestores a tomarem decisões com propriedade e segurança. “As tecnologias são divisores de água para os micros e pequenos empreendedores acompanharem em tempo real dados fiscais, tributários, contábeis, de controladoria e de todos os outros departamentos da empresa na palma da mão, tendo consciência antes de tomarem qualquer decisão e certeza sobre as suas ações e as da sua equipe”, conta Dal Molin.

Para Arthur Braga Nascimento, CEO da Bonuz – escritório de advocacia especializado em empresas em fase inicial e startups – além da adesão das tecnologias, ter um controle eficiente de alta qualidade é fundamental para que uma organização alcance o sucesso que almeja e saia da crise da Covid-19 com o mínimo de sequelas. Com a intenção de ajudar os empreendedores a minimizarem os impactos do coronavírus nos negócios, ele reuniu as dicas abaixo. Preste atenção e saia dessa!

De olho no jurídico

É a partir da contratação de um bom advogado que uma empresa terá assistência e trará um impacto positivo na captação de investimentos. O profissional é relevante para evitar prejuízos financeiros, decorrentes de aspectos trabalhistas, tributários, contratuais, societários e de propriedade intelectual, que no fim podem acabar com o negócio.

Ter um sócio referência no mercado de atuação

É ele quem criará as diretrizes do negócio e ficará responsável pela operação da corporação em fase inicial.

Dê oportunidade para que seu colaborador vire sócio

Essa prática é válida para incentivar funcionários no ambiente empreendedor e é uma forma de testar se a pessoa escolhida possui perfil de sócio no negócio.

Proteção de marca e software

Se a empresa atua com um software, é preciso associar-se a uma marca que cause impacto positivo no mercado de atuação, sem deixar de lado os registros no INPI (marcas e patentes).

Proteção de dados

Com a obrigatoriedade da implementação da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é imprescindível que a política de privacidade seja bem conduzida de acordo com as normas impostas com a ajuda de uma governança interna para que os termos de uso de cada empresa, estejam de acordo com as normas exigidas pela lei.

“É importante levar em consideração que toda empresa precisa avaliar frequentemente se está no caminho certo. A validação de hipóteses, por exemplo, te dá a possibilidade de tomar atitudes que passam por alterar a rota, desistir ou tentar um novo trajeto antes de acabar com os recursos financeiros”, explica, Arthur Braga Nascimento.

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