Alternativas como o nano-crédito ganham espaço e ajudam a democratizar o acesso a soluções financeiras no Brasil
O crescimento das fintechs no Brasil está acelerando mudanças no sistema financeiro e estimulando a adoção de novas formas de análise de crédito. De acordo com o Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups – 2024, da Abstartups, as fintechs estão entre os três segmentos mais relevantes do setor de inovação, com um aumento de 13% nas operações até outubro deste ano. A expansão dessas empresas, que oferecem soluções mais ágeis, digitais e personalizadas, tem incentivado bancos tradicionais a revisarem critérios históricos de concessão de crédito e buscarem alternativas mais inclusivas.
“O modelo tradicional de crédito está sendo redesenhado com base em novas tecnologias e no comportamento dos brasileiros. Hoje, o consumidor busca agilidade e análise justa, o que exige rever critérios históricos e adotar inteligência de dados para incluir quem sempre ficou à margem do setor bancário”, afirma Rafa Cavalcanti (foto em destaque), CEO da CloQ, fintech de impacto social que auxilia brasileiros a construírem um histórico de crédito positivo, seguro e estável por meio do nano-crédito.
Para grande parte da população, principalmente aqueles que não possuem conta bancária ativa, sem comprovantes formais de renda ou consumo, o acesso ao crédito ainda é um desafio. Sem histórico bancário ou documentação formalizada, esses indivíduos enfrentam dificuldades para obter serviços básicos como empréstimos, cartões ou financiamentos. Com isso, essas pessoas acabam ficando de fora de oportunidades que poderiam melhorar sua vida e promover maior inclusão financeira.
Nesse contexto, o surgimento de soluções como o nano-crédito, que utiliza dados alternativos e modelos de avaliação mais flexíveis, tem sido essencial. Ao mesmo tempo, bancos e fintechs têm se aproximado, por meio de parcerias, investimentos e aquisições, formando um ecossistema mais diverso. Essa convergência mostra que inovação e tradição podem caminhar juntas na criação de um sistema financeiro mais robusto, resiliente e inclusivo.
“A inclusão dos invisíveis não é apenas uma questão de justiça social, é uma estratégia de crescimento econômico. Iniciativas como o nano-crédito têm o poder de democratizar o acesso a serviços financeiros e fortalecer todo o mercado, e esse movimento precisa chegar também aos bancos tradicionais”, conclui a CEO da CloQ.